Efeitos do Cabelo da Cabeça Humana no Desempenho e na Resposta Termorregulatória Durante a Corrida de 10 Km Ao Ar Livre em Homens Saudáveis
Por Angelo Ruediger Pisani Martini (Autor), João Batista Ferreira-júnior (Autor), Daniel Barbosa Coelho (Autor), Diego de Alcantara Borba (Autor), Leonardo Gomes Martins Coelho (Autor), Luciano Sales Prado (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 18, n 2, 2016. Da página 1 a 9
Resumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do cabelo da cabeça humana no desempenho e na resposta termorregulatória durante 10 km de corrida ao ar livre em homens saudáveis. Doze saudáveis do sexo masculino (29,5 ± 3,7 anos, 174,9 ± 4,3 cm, 72,7 ± 3,2 kg e VO2máx 44,6 ± 3,4 ml.kg-1.min-1) participaram de 2 corridas de 10km separadas por 7 dias de intervalo em ritmo autorregulado: 1) HAIR- voluntários correram com seus cabelos intactos, 2) NOHAIR- voluntários correrram após terem seus cabelos totalmente raspados. A velocidade média da corrida foi calculada a cada série de 2 km. Temperatura retal, frequência cardíaca e índice de estresse fisiológico foram medidos antes e depois dos 10 km da corrida e no fim de cada 2 km. Taxa de armazenamento de calor foi medida a cada 2 km. Além disso, o estresse ambiental (WBGT) foi medido a cada 10 min. A velocidade de corrida (10,9 ± 1 e 10,9 ± 1,1 km.h-1), frequência cardíaca (183 ± 10 e 180 ± 12 bpm), temperatura retal (38,82 ± 0,29 e 38,81 ± 0,49oC), índice estresse fisiológico (9 ± 1 e 9 ± 1) e taxa de armazenamento de calor (71,9 ± 64,1 e 80,7 ± 56,7 Wm-1), não foram diferentes entre as situações HAIR e NOHAIR, respectivamente (p>0,05). Não houve diferença no WBGT entre HAIR e NOHAIR (24,0 ± 1.4º C e 23,2 ± 1,5º C, respectivamente; p=0,10). Os resultados sugerem que raspar o cabelo da cabeça não altera a velocidade da corrida e as respostas termorregulatórias durante 10 km de corrida sob o sol.