Resumo

Introdução: O estilo de vida sedentário está associado com os fatores de risco cardiovascular de hipertrigliceridemia, obesidade central e obesidade geral. A identificação precoce pode trazer benefícios na prevenção dessas doenças. (RAMIREZ; AGREDO, 2012). Nessa perspectiva, Barbosa (2013), considera o exercício uma forma mais efetiva do que a dieta para perder gordura. Isso se deve ao fato dos efeitos do exercício continuar quando ele é interrompido, uma vez que o gasto calórico pode permanecer alto por 30 minutos ou mais após um exercício vigoroso. Objetivos: Avaliar o efeito do exercício físico programado, associado à orientação nutricional, sobre a composição corporal de mulheres docentes em risco de sobrepeso. Metodologia: Estudo analítico de intervenção controlada e aberta com docentes universitários, voluntários. Foi realizado uma triagem para eleger os possíveis participantes, os critérios de inclusão adotados foram: mulheres, idade entre 25 e 40 anos, Índice de Massa Corporal entre 23,5 e 29,9 kg/m², e a assinatura do Termo de Livre Consentimento Esclarecido. Foi realizado acompanhamento nutricional com as docentes que decidiram participar do programa de educação nutricional. Para análise da adequação da ingestão alimentar foram utilizados os parâmetros das Dietary Reference Intakes (2002/2005). O estado nutricional foi verificado através de métodos antropométricos e de composição corporal. O percentual de gordura foi obtido pelo método de bioimpedância tetrapolar, realizado através do aparelho InBody770. A análise estatística incluiu o teste “t de Student” e o teste estatístico Qui-quadrado (χ2), onde: *P<0,05; **P<0,01; ***P<0,001. Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Belém-Pa, Certificado de apresentação para Apreciação Ética: 48149315.6.0000.5171. Resultados e discussão: Foram acompanhados 16 docentes (33,7 anos; ± 5,9). Foram submetidos a exercício anaeróbio (70 a 80% V02máx), em quatro sessões semanais, durante dois meses, sendo avaliada a composição corporal por bioimpedância antes e após o período de treinamento. Os valores iniciais e finais para as variáveis antropométricas e da composição corporal foram: Índice de Massa Corporal (Inicial: 25,4 ± 3,6; Final: 23,0 ± 4,3 kg/m2); percentual de gordura corporal (Inicial: 34,3 ± 7,1; Final: 26,1 ± 3,9 %); peso de massa magra (Inicial: 44,3 ± 3,0; Final: 45,8 ± 4,4 kg). Houve diferença significativa entre os valores iniciais e finais do Índice de Massa Corporal e do percentual de gordura corporal. Tais resultados indicam que, houve reduções significativas na porcentagem de gordura corporal e no Índice de Massa Corporal, essas reduções foram acompanhadas do aumento da massa magra. Swift et al (2014) corroboram com os achados desse estudo ao sugerirem que os indivíduos que desejam perder peso devem combinar prática de exercício com restrição calórica para melhorar as chances de perda de peso. Comungam da mesma conclusão Jesus e Souza (2003) segundo os quais o para efeito de emagrecimento, a associação de uma dieta controlada juntamente com a atividade física, mostra-se muito eficaz. Conclusão: Os resultados evidenciaram um efeito positivo do binômio: exercício-orientação nutricional. As adaptações observadas no presente estudo nos permitem inferir que o exercício anaeróbio combinado a orientação nutricional pode promover importantes adaptações sobre a composição corporal de mulheres em risco de sobrepeso, atenuando os efeitos adversos decorrentes desse estado de saúde.

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