Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos do LPO vs. PLIO sobre o desempenho e os parâmetros relacionados à melhora dos saltos verticais e da velocidade de corrida. Para tanto, foram recrutados 45 participantes. A primeira etapa (4 semanas) foi destinada à aprendizagem dos exercícios do LPO. Após esse período, os participantes realizaram os testes pré-treinamento constituídos pelos saltos verticais sem (SJ) e com contramovimento (CMJ), CMJ com a adição de diferentes resistências externas (40%, 60% e 80% da massa corporal), velocidade de corrida em 30 m e teste de força dinâmica máxima no exercício meio-agachamento. Nos saltos verticais o desempenho foi mensurado por meio da altura do salto vertical e os parâmetros relacionados ao desempenho foram mensurados pela força pico, velocidade pico, potência pico e apenas para o CMJ também pela rigidez das estruturas musculo esqueléticas. Para a velocidade de corrida, o desempenho foi mensurado pela velocidade nas distâncias de 0-5, 0-10, 0-20 e 0-30 m e os parâmetros relacionados ao desempenho foram à força horizontal, potência horizontal e comprimento do passo. Após os testes pré-treinamento, os participantes foram aleatorizados em um dos três possíveis grupos (LPO, PLIO ou grupo controle (GC)) e em seguida, iniciaram o período de treinamento com duração de oito semanas (16 sessões). Ao termino do período de treinamento, foram realizados os testes pós-treinamento (mesma ordem e testes do pré-treinamento). Para a comparação estatística entre os grupos foi utilizado o modelo misto e quando adequado o post-hoc de Tukey. O valor de significância adotado foi de p < 0,05. No SJ foram observados aumentos significantes no momento pós-treinamento em relação ao momento pré-treinamento apenas para a PLIO nas variáveis, altura vertical (7,8%), velocidade pico (3,7%) e potência pico (7,0%). No CMJ não foi observada nenhuma alteração significante para a PLIO, LPO e GC. Em relação ao CMJ com adição de 40% da massa corporal foram observados aumentos significantes no momento pós-treinamento em relação ao momento pré-treinamento para o LPO (força pico = 4,1%) e PLIO (altura vertical = 6,1%, força pico = 4,6%, velocidade pico = 2,8% e potência pico = 6,6%). No CMJ com adição de 60% da massa corporal foram observados aumentos significantes no momento pós-treinamento em relação ao momento pré-treinamento apenas para a PLIO (altura vertical = 8,9%, velocidade pico = 4,2% e potência pico = 5,6%). Por fim, no CMJ com 80% da massa corporal nenhuma alteração significante foi observada para os três grupos. Para a velocidade de corrida apenas a PLIO aumentou significantemente a velocidade nas distâncias de 0-5 (2,8%), 0-10 (2,6%) e 0-20 m (1,6%). Adicionalmente, foi observado aumento significante na potência horizontal apenas para o grupo PLIO (6,6%). As variáveis, rigidez das estruturas musculoesqueléticas durante o CMJ, teste de força dinâmica máxima no exercício meio-agachamento e comprimento do passo não foram alteradas significantemente em nenhum dos três grupos. Como conclusão, os resultados do presente estudo indicam a superioridade da PLIO em relação ao LPO no desempenho dos saltos verticais e velocidade de corrida.

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