Efeitos do Método Pareado Agonista-antagonista Vs. Tradicional Sobre o Trabalho Total e Volume de Treinamento em Um Exercício Para Membros Inferiores
Por Márcio Gonçalves Corrêa (Autor), Diego Reis (Autor), éder Rodrigues Carvalho (Autor), Eládio Nascimento Borges (Autor), Déborah Farias (Autor), Euzébio de Oliveira (Autor).
Em XX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VII CONICE - CONBRACE
Resumo
INTRODUÇÃO
Distintos métodos dentro do treinamento de força (TF) são desenvolvidos através da manipulação das variáveis metodológicas, favorecendo diferentes estímulos neurais, metabólicos, hormonais e do sistema circulatório (Tillin et al,. 2014). O método pareado agonista-antagonista (PAA) consiste em estimular previamente a musculatura antagonista do grupo muscular que se deseja otimizar, pois a inibição neurológica dos músculos antagonistas após a pré-ativação no primeiro exercício, inibe a ação dos proprioceptores, promovendo a redução na coativação muscular, e aumentando a ativação neural e força dos músculos agonistas (Maia et al.,2014; Paz et al,. 2016). O objetivo do presente estudo foi comparar o método tradicional vs PAA sobre o trabalho total (TT) e volume de treinamento (VT) no exercício cadeira extensora (CE).
MÉTODOS
Participaram do estudo 12 mulheres (24,14 ± 5,4 anos, 161,85 ± 2,9 cm, 60 ± 6´9 kg) com no mínimo 6 meses de experiência no TF. Foram realizadas três visitas ao laboratório, sendo a primeira para esclarecimento do procedimento experimental e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), a segunda para o teste de dez repetições máximas (10RM) para os exercícios mesa flexora (MF) e cadeira extensora (EX) e a terceira para o procedimento experimental. O teste de 10RM consistiu de 3 tentativas para cada exercício, com intervalo de recuperação de 5 minutos entre tentativas e 10 minutos entre exercícios (Farias et al., 2016). Após 48 horas do teste de 10RM, foi realizado o procedimento experimental que consistiu da realização do método tradicional: 1 série do exercício CE até a falha concêntrica. Após 10 minutos de intervalo de recuperação, foi realizado o método PAA, sendo 1 série de MF seguida de CE até a falha concêntrica. Foi dado um intervalo de 30 segundos entre os dois exercícios (Maia et al.,2014). A carga de 100% de 10RM foi adotada em ambos os exercícios. Foi adotada uma entrada contrabalanceada e alternada para os protocolos de teste.
RESULTADOS
Os dados demonstram o TT e VT em cada método para o exercício cadeira extensora: método tradicional CE (TT = 39 ± 10,08); (VT = 12068,57 ± 3957,15); método pareado agonista-antagonista MF + CE (TT = 47,14 ± 8,05); (VT = 14560 ± 4139,75). Pôde-se observar diferença significativa tanto no trabalho total como no volume total, sendo que o método PPA foi superior ao tradicional nestas variáveis.
CONCLUSÕES
Concluiu-se, assim, que o exercício CE, quando realizado precedido do exercício MF (método PAA), apresentou maiores TT e VT, podendo ser uma melhor estratégia para otimização do desempenho da força se comparado ao método tradicional, além de apresentar possibilidade de redução no tempo despendido para o treinamento.