Resumo

A dor lombar é a principal causa de anos vividos com deficiência, ocasionando incapacidades funcionais e laborais. A queda nos níveis hormonais pode ser um fator de risco para a degeneração dos discos intervertebrais da coluna lombar, principalmente em mulheres na pós-menopausa. Portanto, essa tese teve como objetivo analisar os efeitos do método Pilates sobre marcadores bioquímicos, percepção de dor, incapacidade funcional lombar, cinesiofobia e força muscular em mulheres na pós-menopausa que apresentam quadro crônico de dor lombar. Para tal, foram desenvolvidos três estudos. O estudo 1 é uma revisão sistemática que investigou os efeitos do exercício físico sobre os níveis séricos do fator de crescimento insulina símile-1 (IGF-1) em mulheres idosas. Os resultados apontaram para a necessidade de estudos com maior rigor metodológico e utilização de diferentes tipos de exercícios como intervenção, sobretudo quando a mulher se encontra na pósmenopausa. O estudo 2 avaliou a correlação entre cortisol, creatina quinase (CK), estradiol, percepção de dor, incapacidade funcional lombar e força muscular abdominal e lombar. A amostra foi composta por 11 mulheres na pós-menopausa com dor lombar. Os níveis séricos basais de cortisol e estradiol foram analisados pelo método da quimioluminescência e o método enzimático foi aplicado para a análise da CK. As percepções de dor e de incapacidade funcional lombar foram determinadas por meio da escala visual analógica (EVA) e do questionário Roland-Morris (RMQ), respectivamente. A força abdominal e a força dos músculos extensores da coluna foram analisadas por um teste isométrico. Observou-se que mulheres na pósmenopausa com maior idade tendem a apresentar níveis mais altos de cortisol e níveis mais baixos de força lombar. Além disso, maiores níveis de cortisol apresentaram relação com menores níveis de força lombar. Níveis mais baixos de estradiol representaram maior percepção de dor lombar. O estudo 3 teve o objetivo de analisar os efeitos do método Pilates sobre marcadores bioquímicos, percepção de dor, incapacidade funcional lombar, cinesiofobia e força muscular em mulheres na pósmenopausa com lombalgia crônica. A amostra foi randomicamente dividida em um grupo submetido ao método Pilates sem implementos (GP; n=11) e outro com implementos (GPI; n=11). Ambos os grupos realizaram o programa de treinamento por oito semanas (2×/sem, 50-60 min/sessão). Após as intervenções, ambos os grupos apresentaram níveis mais baixos de percepção de dor lombar e incapacidade funcional lombar e maior força lombar (p<0,05). No GPI, houve aumentos nos níveis de IGF-1, IGFBP-3, na razão IGF-1/IGFBP-3 e na força abdominal (p<0,05) e redução na CK (p<0,05) no pós-teste. Observou-se maiores valores da razão IGF-1/IGFBP-3 e menores níveis de CK no GPI quando comparado ao GP no pós-teste (p<0,05). Não houve diferenças significativas na cinesiofobia e no cortisol após as intervenções.


 

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