Efeitos do treinamento combinado na pressão arterial de idosas inativas: um estudo piloto
Por Laiza Ellen Santana Santos (Autor), Antônio Gomes de Resende-Neto (Autor), Newton Benites Carvalho Lima (Autor), Salviano Resende Silva (Autor), José Carlos Aragão-Santos (Autor), Marcos Raphael Pereira Monteiro (Autor), Leury Max Da Silva Chaves (Autor), Marzo Edir Da Silva-Grigoletto (Autor).
Resumo
O processo de senescência ocasiona deteriorações funcionais em vários sistemas, como o musculoesquelético e o cardiovascular, principalmente em indivíduos que não prati-cam atividade física e são considerados inativos. O treinamento combinado (TC) é uma opção não farmacológica que pode atuar positivamente contra os agravos relacionados as modifica-ções hemodinâmicas a partir da prescrição do treinamento de força e aeróbico em uma mesma sessão. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento combinado na pressão arterial de idosas inativas. Métodos: Trata-se de um estudo piloto quase-experimental, no qual participaram da intervenção 60 idosas alocadas em dois grupos distintos: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,11 ± 5,87 anos; 27,35 ± 3,88 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,22 ± 7,08 anos; 27,74 ± 5,23 kg/m-²). O período de intervenção foi de 12 semanas, compreendendo três sessões semanais, com duração de, aproximadamente, 50 minutos e tempo de recuperação mínimo de 48 horas entre as sessões. Inicialmente as participantes do TC realizaram dois minutos de caminhada e 15 agachamentos como aquecimento, logo após realizaram 25 minutos exercícios resistidos tra-dicionais em máquinas, depois 15 minutos de caminhada alternada com corrida leve e, por fim, 5 minutos de alongamentos submáximos para os principais grupos musculares. A pressão arte-rial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi verificada a partir do uso de um esfigmomanômetro, antes e após as 12 semanas de treinamento. A análise dos dados foi feita mediante uma ANOVA 2x2 com post hoc test de Bonferroni e os dados apresentados por meio de média, desvio padrão e tamanho de efeito (TE). Resultados: Em relação aos valores iniciais somente o TC apresentou redução na PAS após as 12 semanas de treinamento (pré: 134,43 ± 15,11 vs. pós 126,98 ± 15,45 mmHg.; TE: 0,48; p = 0,02); e na PAD (pré: 76,39 ± 12,90 vs. pós: 72,55 ± 7,26 mmHg.; TE: 0,52; p = 0,05). Em comparação com o GC, o TC apresentou diferença estatística na PAD (TE: 0,80; p < 0,01), mas não na PAS (TE: 0,33; p = 0,32). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra-se eficaz na redução da pressão arterial em idosas inativas