Efeitos do treinamento de força com baixo volume sobre a composição corporal, força e qualidade de vida de mulheres pós-menopáusicas
Por Everton dos S. Barros (Autor), Ricardo S. Leite (Autor), Renato A. Garcia (Autor), Johny N. Almeida (Autor), Matheus Guidugli (Autor), João P. Botero (Autor), Wagner L. Prado (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
: A menopausa é um período marcado por instabilidade hormonal e emocional que desencadeiam impactos negativos à qualidade de vida (QV). Acredita-se que o treinamento de força (TF) seja uma alternativa segura e eficaz no controle das alterações associadas ao climatério. A maioria dos estudos que verificam os efeitos do TF utilizam 03 sessões semanais com volume de 03 séries, 10 repetições em vários aparelhos, contudo, é possível que protocolos de TF com menor densidade (2x semanais) e menor volume também possam promover alterações benéficas. OBJETIVO: Verificar o efeito de um programa de TF envolvendo apenas grandes grupos musculares e frequência de 02 sessões semanais (15 a 20 minutos) sobre a composição corporal, força e QV de mulheres pós-menopáusicas. METODOLOGIA: Doze mulheres pós-menopáusicas (55,6 ± 4,9 anos) foram submetidas ao protocolo de TF por um período de 08 semanas, com cargas baseadas no teste de 1 repetição máxima (1RM) para o supino livre; leg press 45°, agachamento e remada. Nas duas primeiras semanas as voluntárias realizaram 02 séries de 08 a 12 repetições entre 50-65% de 1RM. A partir da terceira semana, 02 séries de 08 a 12 repetições entre 75-85% de 1RM. Antes e após o período do TF a composição corporal (impedância bioelétrica) e a QV (SF-26) foram estimadas. RESULTADOS: O TF promoveu ganho de força no agachamento (de 44,1±7,8 kg para 59,8±13,0 kg; p<0,05), supino (de 22,6 ± 7,5 kg para 25,8 ± 7,8 kg; P < 0,05), leg press (de 107,5 ± 20,4 kg para 151,0 ± 42,5 kg; P<0,05) e remada (de 54,1±13,4 kg para 59,8±14,9 kg; P<0,05). Foi verificado aumento da massa magra (de 28,6 ± 2,2% para 33,5 ± 4,4%; P < 0,05) e redução da massa gorda (de 71,3 ± 2,2% para 66,4 ± 4,4%; p < 0,05). Adicionalmente, a QV (SF-36) melhorou nos domínios de saúde mental (pré: 79,0 ± 16,8; pós: 79,0 ± 16,4; p < 0,05) e estado geral de saúde (pré: 67,6 ± 11,5, pós: 70,1 ± 10,6; p = 0,03). CONCLUSÃO: O TF com protocolo de menor densidade e intensidade de 75-85% de 1RM, envolvendo apenas grandes grupos musculares, mostrou-se eficaz no controle das alterações corporais, força e QV de mulheres pós-menopáusicas.