Efeitos do treinamento de força em intensidade autosselecionada sobre a força muscular e percepção subjetiva de esforço em mulheres idosas sedentárias
Por Rafaela Queiroz de Carvalho Teixeira (Autor), Vagner Deuel de Oliveira Tavares (Autor), Gledson Tavares de Amorim Oliveira (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Evidências têm demonstrado que ao permitir selecionar a intensidade do treinamento, indivíduos reportam respostas perceptuais e afetivas positivas, que podem influenciar no comportamento futuro ao exercício físico. No treinamento de força, foi observado que a carga selecionada durante uma sessão de treino foi inferior ao recomendado para a melhora da força muscular em idosos. Contudo, não existem estudos analisando o efeito de um programa de treinamento de força em intensidade autosselecionada sobre a força muscular e a percepção de esforço de idosas sedentárias. OBJETIVO: Verificar os efeitos do treinamento de força em intensidade autosselecionada durante 12 semanas sobre a força muscular e a percepção de esforço de idosas sedentárias. MÉTODOS: 32 mulheres idosas sedentárias (65,9 ± 3,0 anos) foram randomizadas para os grupos em intensidade autosselecionada (n = 16) e controle (n = 16). O programa de treinamento consistiu nos exercícios, supino reto, leg press 45°, puxada frontal, cadeira extensora, elevação lateral, mesa flexora, rosca bíceps e extensor de tríceps. O grupo em intensidade autosselecionada realizou 3 séries de 15 repetições para os exercícios supino reto e leg press 45°, enquanto que o grupo controle, exercícios de alongamento e relaxamento, durante 12 semanas com frequência semanal de três dias. A força muscular foi avaliada por meio do teste de 1 repetição máxima, e a percepção subjetiva de esforço através da escala OMNI em dois momentos, pré e pósintervenção. A ANOVA de medidas repetidas 2 X 2 foi empregada para a comparação entre os grupos, sendo adotado um valor de significância p < 0,05. RESULTADOS: Foi observado um aumento significativo da força muscular nos exercícios supino reto (31,1%) e leg press 45º (34,1%) no grupo em intensidade autosselecionada (p < 0,05), que foi superior ao observado no grupo controle (2.2%, 11,1%), respectivamente. O esforço foi percebido como ―um pouco fácil‖ em ambos os exercícios no grupo em intensidade autosselecionada (p > 0,05). CONCLUSÕES: O treinamento de força em intensidade autosselecionada promoveu melhoras na força muscular, além de respostas perceptuais semelhantes em ambos os exercícios, as quais não modificaram após a intervenção. Desta forma, esta estratégia demonstrou ser eficaz e de fácil aplicabilidade, podendo ser uma alternativa para idosas sedentárias, tendo em vista a melhora da força muscular, bem como a manutenção do comportamento ativo em longo prazo