Resumo

Evidências têm demonstrado que ao permitir selecionar a intensidade do treinamento, indivíduos reportam respostas perceptuais e afetivas positivas, que podem influenciar no comportamento futuro ao exercício físico. No treinamento de força, foi observado que a carga selecionada durante uma sessão de treino foi inferior ao recomendado para a melhora da força muscular em idosos. Contudo, não existem estudos analisando o efeito de um programa de treinamento de força em intensidade autosselecionada sobre a força muscular e a percepção de esforço de idosas sedentárias. OBJETIVO: Verificar os efeitos do treinamento de força em intensidade autosselecionada durante 12 semanas sobre a força muscular e a percepção de esforço de idosas sedentárias. MÉTODOS: 32 mulheres idosas sedentárias (65,9 ± 3,0 anos) foram randomizadas para os grupos em intensidade autosselecionada (n = 16) e controle (n = 16). O programa de treinamento consistiu nos exercícios, supino reto, leg press 45°, puxada frontal, cadeira extensora, elevação lateral, mesa flexora, rosca bíceps e extensor de tríceps. O grupo em intensidade autosselecionada realizou 3 séries de 15 repetições para os exercícios supino reto e leg press 45°, enquanto que o grupo controle, exercícios de alongamento e relaxamento, durante 12 semanas com frequência semanal de três dias. A força muscular foi avaliada por meio do teste de 1 repetição máxima, e a percepção subjetiva de esforço através da escala OMNI em dois momentos, pré e pósintervenção. A ANOVA de medidas repetidas 2 X 2 foi empregada para a comparação entre os grupos, sendo adotado um valor de significância p < 0,05. RESULTADOS: Foi observado um aumento significativo da força muscular nos exercícios supino reto (31,1%) e leg press 45º (34,1%) no grupo em intensidade autosselecionada (p < 0,05), que foi superior ao observado no grupo controle (2.2%, 11,1%), respectivamente. O esforço foi percebido como ―um pouco fácil‖ em ambos os exercícios no grupo em intensidade autosselecionada (p > 0,05). CONCLUSÕES: O treinamento de força em intensidade autosselecionada promoveu melhoras na força muscular, além de respostas perceptuais semelhantes em ambos os exercícios, as quais não modificaram após a intervenção. Desta forma, esta estratégia demonstrou ser eficaz e de fácil aplicabilidade, podendo ser uma alternativa para idosas sedentárias, tendo em vista a melhora da força muscular, bem como a manutenção do comportamento ativo em longo prazo

Acessar