Efeitos do Treinamento em Meio Aquático no Consumo de Oxigênio Máximo de Idosos: Revisão Sistemática com Metanálise de Ensaios Clínicos Randomizados
Por Maira Schoenell (Autor), Roberta Bgeginski (Autor), Luiz Kruel (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 21, n 6, 2016.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi conduzir uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados para avaliar o efeito do treinamento em meio aquático no consumo de oxigênio máximo (VO2máx) de idosos. Os estudos elegíveis foram identificados a partir das bases de dados MEDLINE, PEDro, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scopus e SportDiscus até o dia 23 de agosto de 2016. Os dados foram extraídos de estudos randomizados que incluíram idosos (maior ou igual a 60 anos) e que compararam treinamento no meio aquático, na posição vertical, com o grupo controle que não realizou treinamento ou realizou treinamento em meio terrestre. A metanálise foi conduzida utilizando as diferenças entre as médias dos valores pós-intervenção dos grupos controle e experimental com o modelo de efeitos randômicos e a heterogeneidade estatística foi avaliada pelo teste Q de Cochran e inconsistência (I2). De um total de 2200 artigos, sete ensaios clínicos randomizados foram incluídos com 227 sujeitos. Os resultados do desfecho principal indicaram um efeito significativo do VO2máx a favor do exercício no meio aquático em comparação ao grupo controle (95%IC: 7,04 (3,29; 10,79); I2 98%; p<0,05). A partir destes resultados, conclui-se que a hidroginástica é um exercício efetivo para a melhora do condicionamento cardiorrespiratório e pode ser indicada como uma forma de melhorar a capacidade aeróbia de idosos.