Resumo
A ingestão excessiva de frutose cronicamente pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas que associadas levam o indivíduo a um quadro clínico de síndrome metabólica. O exercício físico vem sendo cada vez mais recomendado como forma prevenção e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. Visto os efeitos do consumo excessivo de frutose, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do treinamento físico combinado na modulação autonômica cardiovascular de ratas submetidas a sobrecarga de frutose. Para tanto, 24 ratas Wistar foram divididas em três grupos, sendo eles controle (GC), frutose sedentário (GF) ecombinado (GTC). Os animais dos grupos GF e GTC receberam 100g/L de frutose na água de beber. Todos os animais passaram por um teste de capacidade aeróbia e força para cálculo de carga e velocidade de treino, após isso, o GTC iniciou o treinamento (8 semanas, 5x/semana, 1 hr/dia). Ao final do protocolo, as ratas foram submetidas a uma cirurgia de canulação da artéria carótida para aquisição de sinais biológicos para avaliação da modulação autonômica através da variabilidade da FC no domínio do tempo (DT) e da frequência (DF). Portanto, foi observado no DT aumento do VAR-IP (74,50 ± 7,21ms) e RMSSD (4,23±0,49ms²) no GTC quando comparado com GF, bem como, maior HF (33,83±2,64%) e menor LF (4,90±1,20%) observados no DF. Quanto a variabilidade da pressão arterial, o GTC apresentou menor VAR PAS (17,50±6,92 mmHg), menor LF PAS (2,44±0,58mmHg) e índice alfa (1,44±0,05 ms/mmHg). Logo, o treinamento físico combinado é capaz de melhorar a modulação autonômica cardiovascular de ratas submetidas a sobrecarga de frutose.