Efeitos do treinamento físico pré-operatório na capacidade funcional em cirurgia esofágica: revisão sistemática
Por Cleomara Pereira dos Santos (Autor), Ramon Martins Barbosa (Autor), Alan Carlos Nery dos Santos (Autor), Renata Ferreira de Moura (Autor), Jefferson Petto (Autor), Welton Cardoso dos Santos (Autor), Lais Oliveira Santos (Autor), Vinicius Afonso Gomes (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 23, n 2, 2024.
Resumo
O treinamento físico é fundamental para melhorar a função cardiorrespiratória e a força muscular, impactando diretamente a capacidade funcional dos pacientes. A cirurgia esofágica, frequentemente realizada em casos de câncer, está associada a altos riscos de morbidade e mortalidade. Objetivo: Sumarizar evidências sobre os efeitos do treinamento físico na capacidade funcional de indivíduos no pré-operatório de cirurgia esofágica. Métodos: Revisão sistemática nas bases de dados Pubmed, BVS, EBSCOhost, Scielo e PEDro. Dois revisores independentes realizaram a busca e seleção dos estudos usando os termos "Preoperative", "Esophageal" e "Surgery Training". Foram incluídos ensaios clínicos randomizados focados em programas de treinamento físico para pacientes no pré-operatório de cirurgia esofágica. O risco de viés dos estudos foi avaliado pela escala PEDro. Resultados: A busca inicial identificou 188 artigos, dos quais três foram considerados elegíveis, abrangendo uma amostra total de 149 pacientes, com 71,71% sendo homens. Os programas de exercícios variaram entre treinamento muscular inspiratório, exercícios aeróbicos e neuromusculares, com duração de 2 a 3 semanas. A maioria dos pacientes submetidos à cirurgia esofágica tinha diagnóstico de câncer. A análise dos estudos indicou um risco de viés de moderado a baixo. Conclusão: As evidências sugerem que o treinamento físico no pré-operatório de cirurgia esofágica pode melhorar a capacidade funcional, força muscular e função cardiorrespiratória. Além disso, esses benefícios podem contribuir para a redução de complicações pulmonares, reintubações e tempo de internação hospitalar.
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