Resumo

O Treinamento de Força (TF) contribui para independência física na execução das atividades motoras do cotidiano. Confiamos que a prática regular do TF auxilie na promoção de saúde aumentando a aptidão física em mulheres adultas. OBJETIVO: Avaliar a efetividade do TF confrontando com atividades de ginástica e dança e a ausência de exercícios físicos, sobre a força muscular, flexibilidade, resposta hemodinâmica e cronotropismo em mulheres adultas. MÉTODOS: Trinta e nove mulheres (51 ± 6,4 anos) sedentárias e com síndrome metabólica (SM), atestadas por um médico para prática de exercícios físicos, foram divididas em três grupos e receberam acompanhamento profissional por 12 semanas. Um grupo (G1 n = 15) treinou 4 vezes por semana sendo, duas com TF em circuito (14 exercícios, 2x40‖), mais duas sessões de ginástica e dança (40´). O segundo grupo (G2 n = 14) efetuou apenas duas sessões semanais de ginástica e dança (40´). O terceiro foi o grupo controle (GC n = 10), que não praticou nenhuma forma de exercício físico neste período. A força muscular foi avaliada pelo teste de carga por repetição (TCR) no Leg Press 45º (membros inferiores) e Supino Articulado Inclinado (membros superiores), com 30‖ de execução, ou até a falha concêntrica, determinando a carga final e o total de repetições alcançado. Para a Resistência Muscular (RM) foi aplicado o teste abdominal em 60‖. A flexibilidade foi aferida através do teste de ―sentar e alcançar‖ (banco de Wells). Na avaliação cronotrópica foi averiguada a frequência cardíaca de repouso (FCR) através da artéria radial, e na hemodinâmica mensurou-se a pressão arterial por esfigmomanometria convencional e a ausculta dos sons de “Korotkow”. Esses procedimentos foram executados no início e ao final das 12 semanas. Para a estatística descritiva dos dados comparativos entre os grupos utilizou-se o teste Anova Two-Way (média e desvio padrão) com grau de significância p < 0,05. RESULTADOS: A força muscular dos membros inferiores aumentou 50% (P < 0,05) e 64% (P < 0,05) nos membros superiores no G1, evoluindo acima de 16% (P < 0,05) nas repetições máximas (30‖) em ambos os membros. A RM evoluiu 42% (P < 0,05) no G1 e 11% (P < 0,05) no G2. A flexibilidade aumentou 35% (P < 0,05) apenas no G1. Não foram identificadas mudanças significativas no GC nas variáveis neuromotoras. Houve uma redução da FCR apenas no G1 e G2 de 23,5% e 8% (P < 0,05) respectivamente. A capacidade hemodinâmica não apresentou nenhuma alteração nos grupos. CONCLUSÃO: O TF associado à ginástica e dança foi efetivo no ganho de aptidão neuromotora e na modulação das respostas cronotrópicas para mulheres acima de 50 anos.

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