Efeitos do treinamento funcional com e sem carga externa na capacidade de salto de jovens e adultos sedentários
Por Wandercleiton S Oliveira (Autor), Breno JFS Rocha (Autor), Leonardo LR Santos (Autor), André FS Almeida (Autor), Leury MS Chaves (Autor), Marzo Da Silva-Grigoletto (Autor).
Resumo
O treinamento funcional (TF) é um método de treino que visa a melhoria de todas as capacidades físicas de seus praticantes, por meio de um modelo de treino integral, baseado em três importantes pilares: segurança; funcionalidade; eficácia. Com a inatividade física e um estilo de vida sedentário, vários componentes da capacidade física de um indivíduo podem ser reduzidos, gerando assim um desequilíbrio na manutenção da saúde funcional desta pessoa. Um desses componentes é a potência de membros inferiores, que, por sua vez, traduz de manei-ra geral o estado funcional do organismo, tendo em vista que várias tarefas, seja da vida coti-diana ou laboral, demandam deste componente para a sua realização de maneira mais eficiente. No entanto, o TF pode ser realizado com carga (TFCC) ou sem carga externa (TFSC), buscando as mesmas adaptações na potência de MMII ; considerando é claro, que um (TFSC) será mais acessível e com melhor custo-benefício. Contudo não está claro se um programa de (TFSC), gera os mesmos resultados que um (TFCC) na potência de MMII. Assim, o TFSC pode apresentar-se como uma ferramenta prática, barata e que atende uma grande parcela da população. Objetivo:Comparar os efeitos do treinamento funcional com e sem carga externa na capacidade de sal-to de jovens adultos. Métodos: A intervenção contou com 59 participantes, divididos em dois grupos: TFCC (28) e TFSC (31), ambos os grupos treinaram 2 vezes por semana, com 50 minutos em cada sessão de treino. Toda a intervenção durou um período de 6 semanas, totalizando 12 sessões. Ambos os grupos tiveram suas sessões divididas em 3 blocos; bloco1 - preparação para o movimento; bloco 2 - coordenação; bloco – 3 força. Os dados foram coletados nos períodos pré e pós-intervenção. A potência de membros inferiores foi avaliada a partir do teste Counter movement jump (CMJ) e obtidos com o uso de uma plataforma de contato, sendo o maior valor encontrado utilizado para análises. Foram realizados testes t para amostras independentes e de-pendentes para comparações inter e intragrupos. Os dados são expressos como média e desvio padrão e o nível de significância adotado foi p < 0,05. O delta (Δ) percentual foi calculado entre os diferentes momentos. Resultados: Ambos os grupos mostraram melhoras estatisticamente significativas em seus valores médios do CMJ de pré para pós; TFCC (pré 23,17; ± 6,53; pós 25,39; ± 6,85; Δ = 8%); TFSC (pré 26,47; ± 7,70; pós 29,21; ± 9,59; Δ = 9%). A comparação entre os grupos não demonstrou diferença significativa. Conclusão: Com isso, o trabalho demonstrou que ambos os grupos melhoraram a sua potência de membros inferiores, representada através da sua capaci-dade de salto. Além disso, o TFSC pode representar uma opção com maior custo-benefício por não necessitar de equipamentos, mas demonstrando os mesmos resultados.