Efeitos do treinamento funcional sobre o medo de cair e aptidão fisica e funcional de idosas fisicamente independentes
Por Amanda Vido (Autor), Andrea S. M. Santantonio (Autor), Natali M. Foster (Autor), Daniella Carneiro de Souza (Autor), Walter Aquiles Sepúlveda-Loyola (Autor), Vanessa Suziane Probst (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Intervenções eficazes para a prevenção de quedas e redução do medo de cair, são necessárias para melhora da qualidade de vida de idosos. Treinamentos em grupo e de exercícios combinados, podem oferecer maiores benefícios quanto a diminuição da taxa de quedas e medo de cair em idosos. OBJETIVO: Analisar os efeitos de um modelo de treinamento funcional em circuito na redução do medo de cair e variáveis de desempenho físico e funcional de idosas fisicamente independentes. MÉTODOS: Cinquenta idosas (≥ de 60 anos) foram divididas em grupo treinamento - GT (n=21) e grupo controle - GC (n=29). Foram realizadas duas intervenções com duração de 12 semanas que consistiram em um protocolo de treinamento funcional (GT), mediante método FEC (Functional Exercise Circuit) desenvolvido por Loyola et al. (2018), e um Programa de Educação em Saúde (GC) que tem o objetivo de motivar a mudança do comportamento para um estilo de vida saudável. Foram analisadas variáveis de indicadores de saúde: índice de comorbidade de Chalson, Escala de depressão geriátrica (EDG), questionário SARC-F e Escala de fragilidade de Edmonton (EFS). Desempenho cognitivo por meio da Avaliação cognitiva de Montreal (MoCA). Medo de cair por meio da Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES). E desempenho funcional pelos testes: velocidade de marcha de 4 metros, agilidade e equilíbrio dinâmico (AAHPERD), força de preensão palmar mediante dinamômetro manual, sentar e levantar da cadeira em 5 repetições, caminhada de 6 minutos e máximo de torque da extensão e flexão do joelho. RESULTADOS: Foi identificado um efeito da interação (tempo vs grupo) para o EDG (p= 0,016), em que o GT diminuiu seu escore em comparação ao GC. Os resultados também apresentaram efeito da interação em variáveis funcionais de velocidade de marcha (p=0,003), sentar e levantar (p=0,049) e teste de caminhada de 6 minutos (p=0,004) ambos a favor do GT. Apesar de não ter interação para a variável FES, o GT apresentou um tamanho de efeito muito grande para o medo de cair enquanto o GC foi nulo (2,81 vs 0,01). Outras variáveis como MoCA, SARC-F e EFS também não apresentaram interação, porém os tamanhos de efeito do GT foram maiores em relação aos do GC. CONCLUSÃO: O método FEC foi eficaz na redução de sintomas depressivos e medo de cair, e melhorou o desempenho funcional das idosas principalmente em variáveis que exigem equilíbrio e controle motor.