Efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade no perfil de n-óxido de trimetilamina em modelo animal submetido a dieta obesogênica
Por Amanda Fonseca da Costa (Autor), Filipe Moura Ribeiro (Autor), Octávio Luiz Franco (Autor), Bernardo Petriz (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
A obesidade é uma doença metabólica de origem multifatorial associada a doenças cardiovasculares (DC). Estudos indicam que o N-óxido de trimetilamina (TMAO), um metabólito da microbiota intestinal (MI), é um dos componentes de ligação entre as duas condições patológicas. Por outro lado, o exercício físico é um agente utilizado no tratamento de ambas as doenças. Objetivos: O estudo pretende investigar a influência do exercício físico na microbiota intestinal e na produção do TMAO, por meio de análises bioquímicas e microbiológicas. Referencial Teórico: Estudos indicam que a microbiota intestinal (MI) é um agente na patogênese da obesidade. Entre inúmeros metabólitos produzidos pela MI, o N-óxido de trimetilamina (TMAO) tem sido investigado em razão do seu alto potencial como biomarcador para DC relacionadas à disfunção da MI (W.H. Wilson Tang et al., 2019). Materiais e Métodos: O estudo foi composto por 75 camundongos, separados em grupo controle (AIN), dieta saudável e dieta obesogênica (WD), com fornecimento de água e ração ad libitum durante 10 semanas. Pôsteriormente, metade dos animais de cada grupo foram treinados por 6 semanas, 3 dias/semana, com 5 sessões/dias de 60s a 90% da Vmáx, com 60s de descanso ativo a 50% da Vmáx. Após a eutanásia, foi coletado o sangue por punção cardíaca e o soro e o plasma foram separados por centrifugação. O plasma foi utilizado para a identificação do TMAO por cromatografia líquida e espectrometria de massa (HPLC-MS), utilizando coluna C18 de fase reversa e para quantificação padrão do TMAO. Resultados e Discussão: Análises preliminares indicam a presença do metabólito no plasma com massa de aproximadamente 76 g/mol, sendo encontrado em espectrometria de massa um pico de intensidade próxima a 6000. Pôsteriormente, será realizada a sua identificação em cada grupo experimental para identificar o efeito do exercício físico na sua concentração plasmática. O esperado é que o HIIT atenue os níveis séricos de TMAO em camundongos obesos. Logo, nos animais controle, espera-se menores concentrações de TMAO. Conclusão: Até o presente momento, a técnica analítica proposta no presente estudo viabilizou a identificação do metabólito em questão nas amostras analisadas. A Pôsteriori, o TMAO será quantificado nos grupos experimentais para testar a hipótese referente ao papel atenuante do exercício na sua biossíntese.