Efeitos do treinamento resistido associado à suplementação de creatina sobre a saúde celular e a composição corporal regional de mulheres idosas

A prática de exercícios físicos, em especial, o treinamento resistido (TR) tem proporcionado inúmeros benefícios à saúde de mulheres idosas, tais como aumentos na força e massa muscular, redução na quantidade de gordura corporal, entre outros. Adicionalmente, o uso de recursos ergogênicos associado ao TR pode potencializar tais benefícios. OBJETIVO: Analisar os efeitos de um programa de TR associado à suplementação de creatina sobre a saúde celular e a composição corporal regional de mulheres idosas. MÉTODOS: Inicialmente (1ª etapa), 43 idosas foram aleatorizadas em dois grupos: grupo TR (n = 22, 12 semanas, três vezes por semana, 8 exercícios, 2 x 10-15 repetições, montagem alternada por segmento) e grupo controle (n = 21, 12 semanas, 2 vezes por semana, programa de exercícios de alongamento). Após a 1ª etapa, as idosas foram novamente aleatorizadas em quatro grupos (2ª etapa): grupo treinamento creatina (TRCR, n = 12), grupo treinamento placebo (TRPLA, n = 10), grupo controle creatina (CONCR, n = 10) e grupo controle placebo (CONPLA, n = 11). Os grupos TR, nesta segunda etapa, realizaram o programa de TR três vezes por semana, 12 semanas, 2 x 10-15 repetições, 8 exercícios, montagem localizada por articulação e os grupos controle seguiram a mesma prescrição da 1ª etapa. As variáveis analisadas foram massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), componentes da composição corporal (massa gorda total (MG), MG de tronco, de braços e de pernas, massa livre de gordura total (MLG), MLG de tronco, de braços e de pernas, todos estimados por densitometria radiológica de dupla energia (DXA) e ângulo de fase (AnF), estimado por bioimpedância elétrica. RESULTADOS: Houve efeito do tempo para a MLG (TRCR = +1,4%; TRPLA = +1,1%; CONCR = +1,4%; CONPLA = +1,2%, p = 0,039), MLG de pernas (TRCR = +3,7%; TRPLA = +1,8%; CONCR = +1,7%; CONPLA = +1,8%, p = 0,002), MG de braços (TRCR = -4,5%; TRPLA = -3,8%; CONCR = -5,3%; CONPLA = -0,8%, p = 0,003) e AnF (TRCR = +4,7%; TRPLA = +1,8%; CONCR = +2,0%; CONPLA = -1,0%, p = 0,044), sem diferença entre os grupos. Para as demais variáveis (massa corporal, estatura, IMC, MG, MG de tronco, MG de pernas, MLG de braços e MLG de tronco) nenhum efeito isolado ou de interação foi identificado. CONCLUSÃO: Concluímos que o TR promoveu modificações significantes na MLG, MLG de pernas, MG de braços e AnF de maneira similar entre os grupos, sem efeitos adicionais da suplementação de creatina, em mulheres idosas.

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