Resumo
O envelhecimento populacional é um processo que acarreta diversas mudanças fisiológicas no indivíduo. Um dos principais problemas associados com o avanço da idade é a perda ou a diminuição da força que por sua vez está relacionada com a diminuição da capacidade funcional e independência. Uma das maneiras de intervir nesse processo é por meio do treinamento resistido (TR). O TR pode ser feito utilizando diversos tipos de materiais incluindo entre eles a resistência elástica progressiva (REP) e máquinas pneumáticas (MP). OBJETIVO:O objetivo desse estudo foi verificar e comparar os efeitos de 12 semanas de dois diferentes tipos de TR (MP e REP), na força muscular, equilíbrio e capacidade funcional de mulheres idosas. MÉTODOS: 54 mulheres foram alocadas randomicamente em dois grupos de 27 individuos cada: O Grupo de Treinamento Resistência Elástica (GTRE; n=27; idade = 67.55 ± 5.20 anos) e o Grupo Treinamento Máquina (GTM; n=27; idade = 69.34 ± 5.37 anos). O GTRE (67.55 ± 5.20) e GTM (69.34 ± 5.37) participaram do treino duas vezes por semana durante 12 semanas com 9 exercícios para ambos os grupos. O pico de torque(PT) isocinético para extensores de joelhos(PTEJ) e flexores de cotovelo(PTFC) nas velocidades de 60 º/s e 180 º/s, a força de preensão manual(FPP), o teste de sentar e levantar(TSL), o teste de flexão de cotovelo(TFC), o 8-foot up & go e o teste de alcance funcional(TAF) foram as variáveis dependentes medidas nos momentos pré e pós da intervenção. Todas as avaliações foram realizadas PRÉ e PÓS o período de intervenção. Para análise estatística descritiva verificou-se a normalidade dos dados através do teste de Shapiro-Wilk. Para comparar as variáveis dependentes entre os grupos e entre os momentos pré e pós-intervenção a análise de variância mista 2X2, testes t pareado e independente, Wilcoxon e U-Mann-Whitney foram aplicados. Os cálculos foram realizados no programa SPSS, para um índice de significância de p≤0,05. RESULTADOS: Os dois tipos de treinamento promoveram aumento estatisticamente significativo (p<0.001) para as variáveis dependentes de PTEJ60 º/s, PTEJ180 º/s, PTFC60 º/s , TFC, TSL e 8 foot up&go em ambos os grupos. Para o TAF e FPP nos dois grupos e no PT isocinético para flexores de cotovelo na velocidade angular de 180 º/s no GTRE não foram observadas diferenças estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Com base nos resultados apresentados, conclui-se que o TR com MP ou REP duas vezes por semana, durante doze semanas, resultam em melhorias na força e capacidade funcional de mulheres idosas.