Resumo

A pandemia de COVID-19 impactou diretamente a rotina de treinos dos atletas, exigindo adaptações para manter a segurança e o desempenho. A prática regular de exercícios físicos foi essencial para preservar a saúde física e mental, mas o uso de máscaras faciais durante os treinos trouxe novos desafios, especialmente no contexto esportivo de alto rendimento. Este estudo teve como objetivo investigar as implicações do uso de máscaras faciais respiratórias em atletas de judô durante os treinos. Participaram do estudo 16 judocas de nível estadual, com idades entre 18 e 20 anos. Os atletas realizaram dois microciclos de treinamento, cada um com duração de oito dias: o primeiro sem o uso de máscaras e o segundo com a sua utilização. Ao final de cada sessão, os participantes responderam a um questionário aplicado via Google Forms, com perguntas voltadas para análises subjetivas individuais, incluindo a percepção subjetiva de esforço (PSE) e a escala de afeto. Os resultados indicaram que o uso da máscara durante os treinos aumentou a PSE, gerou impactos negativos na escala de afeto indicando maior esforço fisiológico. O uso de máscaras respiratórias em treinos de judô está associado a efeitos adversos, especialmente em relação à percepção de esforço e ao estado físico geral dos atletas. Assim, é imprescindível que os treinadores monitorem e ajustem as cargas de treino quando houver o uso de máscaras, visando minimizar os impactos negativos no desempenho.

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