Efeitos do uso de uma bota de compressão pneumática intermitente nos indicadores de recuperação muscular após corrida em declive
Por Raisa Seabra (Autor), Luma Palheta ded Azevedo (Autor), Esmeraldda Lhia do Nascimento Santos (Autor), Yana Barros Hara (Autor), Rodrigo Ghedini Gheller (Autor), Mateus Rossato (Autor).
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do uso de uma bota de compressão pneumática intermitente (BCPI) sobre parâmetros de recuperação muscular após um protocolo de corrida em declive (DRP). O estudo inclui 17 homens fisicamente ativos (23,3 ± 2,4 anos, 82 ± 14,8 kg e 173 ± 0,06 cm). O DRP consistiu em 6 séries de 5 minutos, intercaladas com 2 minutos de descanso, com uma inclinação de -3° e intensidade correspondente a 70% (10,3 ± 1,1 km/h) da velocidade aeróbica máxima. Um membro foi tratado com BCPI, e o membro contralateral foi tratado com placebo. A aplicação da BCPI ocorreu imediatamente após, 24 horas e 48 horas após o DRP e durou 30 minutos, com uma pressão de 100 mmHg aplicada intermitentemente. Os indicadores de recuperação muscular avaliados foram a percepção de dor muscular tardia (DOMS), a qualidade muscular no reto femoral (RF) e no vasto lateral (VL), além do pico de torque (PT) concêntrico e excêntrico nos flexores e extensores do joelho. Interações significativas entre tempo e tratamento foram observadas apenas para DOMS no VL (F=5,160; P<0,0001; η2p=0,02), indicando uma menor percepção de DOMS nessa região em comparação ao placebo a partir de 48 horas após o DRP. Para as outras variáveis, apenas efeitos temporais foram identificados. Podemos concluir que o uso da BCPI após um DRP foi eficaz apenas na redução da DOMS na região do VL a partir de 48 horas após o DRP. Registrado no REBEC (ID RBR-48hdw55)