Efeitos do volume do exercício resistido em uma sessão concorrente na reativação cardiovagal pós-exercício em jovens com sobrepeso ou obesidade

Os efeitos cardiovasculares da manipulação do volume do exercício resistido (ER) têm sido amplamente investigados. Entretanto, poucos estudos investigaram o efeito de diferentes volumes de ER sobre a reativação vagal pós-exercício, especialmente em indivíduos com sobrepeso e obesidade submetidos a sessões de treinamento concorrente. Objetivo: Analisar o efeito de 1, 3 e 6 séries de ER em uma sessão de treinamento concorrente sobre a reativação cardiovagal pós-exercício em indivíduos com sobrepeso e obesidade. Métodos: Seis participantes (3 homens) com sobrepeso (n=2) ou obesidade (n=4) (22,4 5anos, 32,1 kg/m2) foram submetidos a 4 protocolos de exercícios: 1) Aeróbio (AE), 2) Aeróbio + 1 série de ER (1S), 3) Aeróbio + 3 séries de ER (3S) e 4) Aeróbio + 6 séries de ER (6S). O componente aeróbio foi composto de 30 minutos de exercício em esteira rolante entre 50 e 55% dos valores da frequência cardíaca de reserva. O componente resistido consistiu na realização de 12 repetições (90% de 12 RM) em quatro exercícios para grandes grupos musculares. Os intervalos RR (I-RR) foram registrados em segmentos de 5 minutos em repouso, com o participante sentado, e a cada 10 minutos de recuperação passiva (sentado) pós-exercício por um total de 60 minutos. A reativação cardiovagal foi avaliada por meio do índice SD1 da Plotagem de Poincaré. A comparação entre os protocolos foi realizada a partir da análise da área sob a curva da cinética do índice SD1 durante o período de recuperação (Teste de Friedman, p< 0.05).  Resultados: Conforme representado na figura 1, foi observada uma maior depressão cardiovagal no protocolo de 6S comparativamente ao protocolo AE. Não foram observadas diferenças entre os demais protocolos. Conclusão: O aumento do volume do ER em uma sessão concorrente pode retardar a reativação vagal pós-exercício em indivíduos com sobrepeso ou obesidade.

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