Efeitos de Dois Protocolos de Treinamento de Força na Composição Corporal de Homens Jovens
Por Thiago Mattos Frota de Souza (Autor).
Integra
Introdução: O treinamento com pesos vem ganhando cada vez mais adeptos que buscam objetivos diferentes com o treino, existindo ainda algumas controvérsias com relação às diferentes metodologias de treinamento. Embora a aplicação do teste de uma repetição máxima (1-RM) seja uma das estratégias mais acertadas para a sistematização do treinamento com pesos, esta é cada vez menos utilizada em academias de musculação, dando lugar à utilização de repetições máximas (RM). Objetivo: comparar os efeitos de dois protocolos de treinamento de hipertrofia na composição corporal de homens jovens, não sedentários, praticantes de musculação.
Metodologia: A casuística foi composta de oito indivíduos do sexo masculino, com idade de 20,88 ± 2,17 anos, estatura de 1,80 + 0,04 m e peso corporal de 74,88 + 7,23 kg, separados em dois grupos: GRFI - grupo resistência de força I (n=4), que realizou o treinamento de resistência de força baseado no número de repetições, sendo composto de três séries de 10 repetições de 70 a 80% de 1RM e GRFII - grupo resistência de força II (n=4), que realizou o treinamento de resistência de força baseado no percentual da carga máxima, sendo três séries a 85% de 1RM até a exaustão, onde o treinamento era realizado cinco vezes na semana, com duração total de 10 semanas. Foi realizada a avaliação antropométrica (peso corporal, estatura e dobras cutâneas) pré e pós treinamento. Para a análise dos dados foi utilizado o teste t de Sudent para dados pareados, adotando um nível de significância de 5% (p < 0,05).
Resultados: Tanto o GRFI quanto o GRFII não apresentaram diferenças significativas nas variáveis estudadas após o treinamento (GRFI Pré = 79,63 + 5,19 kg; 1,78 + 0,04 m; 25,15 + 0,72 kg/m²; 18,70 + 1,33 %. GRFI Pós = 78,08 + 2,34 kg; 1,78 + 0,04 m; 24,75 + 0,30 kg/m²; 16,00 + 2,63 %. GRFII Pré = 70,13 + 5,91 kg; 1,83 + 0,03 m; 21,03 + 1,28 kg/m²; 14,00 + 1,86 %. GRFII Pós = 70,68 + 5,96 kg; 1,83 + 0,03 m; 21,20 + 1,37 kg/m²; 11,80 + 3,00 %). Porém, quando comparou-se o GRFI com o GRFII, houve diferença significativa no IMC Pré, % de gordura Pré e no IMC Pós.
Conclusão: Pode-se concluir que dentro do período proposto nenhuma das duas metodologias utilizadas para o treinamento de hipertrofia foi eficaz para promover mudanças significativas na composição corporal de homens jovens não sedentários.