Resumo

O câncer de mama (CM) é o mais comum entre as mulheres, inúmeras são as consequências clínicas e funcionais decorrentes dos tratamentos. Os exercícios aquáticos (EA) são recursos não farmacológico que pode oferecer as sobreviventes de câncer de mama uma série de benefícios. Os objetivos desse estudo foi avaliar os efeitos dos exercícios aquáticos na qualidade de vida (QV), linfedema, dor, fadiga e amplitude de movimento em sobreviventes de câncer de mama e comparar com exercícios em solo (ES) e grupo controle (GC). Trata-se de uma Revisão sistemática com metanálises, seguindo as recomendações da Cochrane Collaboration, PRISMA Statement e AMSTAR 2. As buscas foram realizadas em dez bases de dados (1945-2022), o risco de viés foi avaliado pelo risk of bias 2 (RoB-2) e a evidência foi classificada pelo Grades of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Foram identificados 1.873 estudos, nove foram incluídos e quatro fizeram parte das metanálises; 22,2 % dos estudos foram classificados com baixo risco de viés. Nenhum efeito adverso relevante foi relatado. Os EA foram superiores ao grupo controle para o desfecho QV no subdomínio emocional com tamanho de efeito de 0,58 (IC 95 %: 0,19; 0,97; P=0,004), sem relato de heterogeneidade (I²=0%), a qualidade da evidência foi classificada como alta. Quando comparados com ES, não foram encontradas diferenças com significância para o desfecho dor (DMP=1,10; IC 95 %: 1,53; 3,74; P=0,41), heterogeneidade alta (I²=97 %) e qualidade da evidência, baixa. Os EA foram efetivos na qualidade de vida, para o subdomínio emocional quando comparados com GC e efeito adverso importante algum que contraindiquem EA foram encontrados.

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