Resumo

É conhecido que o envelhecimento produz alterações morfoquantitativas nos nervos periféricos, com conseqüências funcionais importantes. Numerosos trabalhos têm demonstrado que o exercício físico mostra-se capaz de minimizar esses efeitos. Porém faltam estudos demonstrando efeitos do envelhecimento sobre o nervo femoral, quando submetidos a exercícios aeróbios. O objetivo do presente trabalho foi comparar os efeitos do envelhecimento no nervo femoral de ratos Wistar submetidos a exercícios contínuo e acumulado. Foram utilizados 20 animais, distribuídos em 4 grupos, com 5 animais em cada grupo: GC – Grupo Controle, animais com 12 meses de idade, os quais foram sacrificados no início do experimento; GS – Grupo Sedentário, com animais que foram sacrificados aos 16 meses de vida e que não realizaram exercícios; GEC – Grupo de Exercício Contínuo, com animais submetidos a exercício contínuo dos 12 aos 16 meses de idade, que foram sacrificados aos 16 meses de vida e GEA – Grupo de Exercício Acumulado, com animais que foram submetidos a treinamento pela manhã e à tarde, dos 12 aos 16 meses de idade, sendo posteriormente eutanasiados aos 16 meses de vida. Após a decapitação de cada animal, foi retirado um trecho de 0,5cm do nervo femoral direito, ao nível de sua emergência no músculo psoas maior, o qual foi submetido a técnicas para observação de cortes transversais semifinos (1 micrômetro) ao microscópio de luz e ultrafinos (50 nanômetros) para observação à microscopia eletrônica. De cada nervo foram feitas 10 eletromicrografias, as quais foram utilizadas para estudos morfométricos e estereológicos. Foram medidos os seguintes parâmetros: desempenho físico dos animais, peso dos animais, aspectos morfológicos, número total de fibras mielinizadas, distribuição de frequência de axônios mielinizados de acordo com sua área, área dos axônios mielinizados, área da bainha de mielina, área das fibras mielinizadas, densidade de fibras não mielinizadas, densidade de células de Schwann e densidade de volume do espaço intersticial. Os resultados demonstraram que os exercícios físicos, contínuo e acumulado, diminuem os efeitos deletérios do envelhecimento. Foram encontrados melhores resultados no grupo exercitado contínuo.

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