Resumo
A terapia celular e o exercício físico podem ser uma opção para regeneração da lesão medular espinal traumática. Este estudo tem por objetivo avaliar os efeitos funcionais da terapia autóloga de células-tronco derivadas da medula óssea: fração mononuclear no trauma raquimedular agudo em ratos sedentários e treinados. Foram utilizados 70 ratos Wistar, machos, submetidos à lesão medular contusa por impacção (Impactor NYU). Após este procedimento, os animais foram acompanhados e avaliados quanto à função motora com o auxílio da escala de BBB a cada 48 horas por 48 dias. Os animais com o escore ? 08 foram divididos aleatoriamente em quatro grupos (N=48): Grupo 01, Sedentário e sem injeção intraparequimatosa de células (N=12); grupo 02, Sedentário e com injeção de células (N=12); grupo 03, Exercício e sem injeção de células (N=12) e o grupo 04, Exercício e injeção de célula (N=12). As células-tronco mononucleares adultas (CD45+ e CD34-) obtidas e isoladas por punção-aspiração da medula óssea. O treinamento físico realizado em um tanque. Após adaptação ao meio líquido, iniciou-se o treinamento: natação 6 vezes por semana durante 60 min. diários e por 6 semanas. O estudo foi duplo-cego. Avaliação estatística: Para as comparações entre os grupos em relação às diferenças entre a avaliação inicial e a avaliação final foi usado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis e post-hoc U Mann-Whitney seguido da correção do nível do p pelo teste de Bonferroni (p<.008) para valores significativos. Foi demonstrada diferença estatística significante: p< .008 para o grupo Treinado com células-tronco em relação aos demais grupos, principalmente no terceiro momento (diferença). A conclusão foi que a combinação da terapia celular por células-tronco da medula óssea (CD45+/ CD34-) e exercício físico resultaram em um aumento funcional significante na lesão medular espinal traumática aguda.