Resumo

A implementação dos programas de qualidade de vida nas empresas visando
uma melhoria da percepção do bem-estar dos funcionários tem em um dos
pontos, a aplicação da atividade física no ambiente de trabalho. Em razão disto,
o objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da atividade física, neste
caso, a ginástica laboral sobre os estados de humor no ambiente de trabalho.
Foram avaliados 26 funcionários de uma empresa da Grande São Paulo, sendo
12 do sexo masculino e 14 do sexo feminino. Para a avaliação dos estados de
humor utilizamos o teste POMS (Profile Of Mood States). Além dos 6 estados
de humor, adotou-se um índice denominado IEEA, calculado do Vigor (variável
positiva) subtraído da somatória das variáveis negativas (Tensão, Depressão,
Raiva, Fadiga e Confusão). A análise estatística adotada foi "t" de Student com
nível de significância de p<0.01. O teste foi aplicado 10 minutos antes e 10
minutos após a realização, a atividade física teve a duração de 10 minutos e foi
realizada no próprio ambiente de trabalho. Os resultados apontaram haver
diferenças significativas (p<0,01) para todas as variáveis entre pré e pósatividade. Sendo que ocorreram reduções nos níveis das variáveis negativas e
aumento do Vigor e conseqüente melhoria do IEEA. Parece-nos possível dizer
que os objetivos propostos pela atividade física no ambiente de trabalho, pelo
viés dos estados de humor, foram atingidos. Mas, possivelmente, há outras
variáveis psicossociais que podem ter contribuído para essa melhoria
significativa. Desta forma, faz-se necessário um aprofundamento das possíveis
correlações com outras variáveis, assim teríamos uma melhor compreensão de
como os estados de humor podem interferir na dinâmica de trabalho e bemestar dos funcionários.

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