Efeitos da Ioga na Força Muscular Respiratória e Volumes Pulmonares em Idosas
Por Lídia Mara Aguiar Bezerra (Autor), Ricardo Jacó de Oliveira (Autor), Helton de Melo (Autor), Ana Paula Garay (Autor), Flávia Perassa de Faria Cardoso (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O processo de envelhecimento acarreta diminuição nas capacidades funcionais
respiratórias, seja pela redução nas capacidades ventilatórias, seja no déficit de força
da musculatura respiratória. Nesse sentido, o exercício físico procura amenizar ou
mesmo retardar tal condição. Sendo assim, a ioga é uma modalidade que pode agir
como fator protetor às perdas funcionais. As posturas estáticas e exercícios
respiratórios trabalham os padrões ventilatórios em diversos percentis da capacidade
pulmonar total (CPT), o q001ue pode propiciar a melhora da força muscular
respiratória e volumes ventilatórios. No entanto, na revisão realizada não foi
encontrado nenhum estudo que relatasse os efeitos dos exercícios da ioga nas
capacidades ventilatórias e força muscular respiratória. Portanto, o objetivo do estudo
foi analisar os efeitos da prática física e respiratória da ioga nas capacidades ventilatórias
e força muscular respiratória em mulheres idosas. Participaram do estudo 36 mulheres
com idade de 63,53 +- 6,48 anos, randomizadas em grupo ioga, GI (n = 18) e
grupo controle, GC, (n = 18). A ioga foi praticada durantes 3 meses, 3 vezes/
semana com 1 hora/sessão. Foram aplicados um pré e um pós-teste nos quais
foram mensuradas as pressões inspiratórias e expiratórias máximas (Pimax e Pemax)
através do manovacuômetro. O volume minuto (VE), capacidade vital (CV), volume
corrente (VT) e volume minuto (VE) foram obtidos através do ventilômetro. Para
análise estatística foi utilizado uma Split-plot Anova, para diferenças intra e entre
grupos e foi adotado um p= 0,05. Foi verificada diminuição significativa da FC e FR
no grupo ioga em relação ao pré e pós-teste (p = 0,033 e p = 0,05,
respectivamente). Por outro lado, houve um aumento significante do VT e VE entre
o pré e o pós teste no grupo ioga (p = 0,002) e entre os grupos ioga e grupo controle
(p = 0,027). Em relação a capacidade vital (CV) foi verificado aumento entre o pré
e o pós teste no grupo ioga (p = 0,002) e em relação a força muscular respiratória
foram observados aumentos significativos na PImáx (p = 0,004) e na PEmáx (p =
0,011). A ioga pode ser utilizada como intervenção para melhorar as capacidades
ventilatórias e força muscular respiratória em idosas