Efeitos da Restrição Visual e da Complexidade de Rotas em Tarefas de Orientação Espacial em Adultos Portadores de Deficiência Mental
Por Eliane Mauerberg de Castro (Autor), Renato de Moraes (Autor), Carolina Paioli (Autor), Cícero Campos (Autor).
Em Motriz v. 7, n 1, 2001. Da página 7 a 16
Resumo
O objetivo deste estudo foi verificar se a deficiência mental pode ser um fator de restrição na percepção do espaço durante tarefas de orientação em perspectiva dinâmica. Quatorze indivíduos portadores de deficiência mental (DM) e dez indivíduos normais foram solicitados a retornar para um ponto de partida após se deslocar andando em linha reta e ao longo de dois lados de um triângulo. Distâncias variaram em comprimento de 5 a 24 metros. Condições monocular (MO) e háptica (HA) foram testadas. Uma função psicofísica de potência foi usada para determinar o melhor ajuste da reta psicofísica representativa das distâncias real e produzida. Erros relativos da distância produzida (ERDP) e de desvio angular (ERDA) foram analisados. Os resultados psicofísicos mostraram uma tendência perceptiva em direção à subconstância (picos abaixo de 1.0) para ambos os grupos, ambas condições e tarefas. O grupo DM mostrou desvios angulares maiores nas duas tarefas. Diferenças significativas foram encontradas entre os grupos para o expoente e ERDA. Diferenças significativas também foram encontradas entre as tarefas para as variáveis ERDA e ERDP. Nós concluímos que indivíduos portadores de DM são menos acurados em tarefas de orientação do que indivíduos normais, particularmente para manutenção da rota, e que seu desempenho é mais afetado pela complexidade da tarefa. Palavras chaves: Orientação espacial; deficiência mental; psicofísica do espaço