Resumo
Objetivo: Verificar os efeitos agudos e sub-agudos do exercício de preensão manual, combinado ou não com a restrição do fluxo sanguíneo (BFR), na função endotelial de homens jovens. Métodos: Nove participantes (28 ± 2 anos) completaram uma sessão de exercício de preensão manual bilateral, com duração de 20 minutos e intensidade de 60% da contração voluntária máxima. Para induzir a BFR um manguito foi posicionado 2 cm abaixo da fossa antecubital no braço experimental (EXP) e insuflado a 80 mmHg durante o exercício. O braço EXP e o braço controle (CON) foram selecionados aleatoriamente para todos os sujeitos. A dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (FMD) e a velocidade de fluxo sanguíneo foram mensurados por meio de ultrassonografia com Doppler em três momentos distintos: repouso, 15 e 60 minutos após o término do protocolo. Adicionalmente a velocidade de fluxo sanguíneo foi analisada durante a realização do exercício. Resultados: Foi observado um aumento significativo na FMD 15 minutos após o exercício para o braço CON (64,09 ± 16,59%, P ≤ 0,01), já no braço EXP não foram verificadas alterações (-12,48 ± 12,64, P = 0,25); foi encontrada uma diferença significativa entre os dois braços neste momento (P ≤ 0,01). A FMD retornou a valores próximos dos iniciais 60 minutos após o exercício, sem diferença entre os braços (P = 0,42). Durante a realização do exercício o braço EXP apresentou valores significativamente maiores de taxa de cisalhamento retrógrada (P ≤ 0,01) e menor taxa de cisalhamento média (P = 0,02). Conclusão: Uma única sessão de exercício de preensão manual provocou uma melhora na função endotelial 15 minutos após o término do exercício, a adição de um manguito insuflado a 80 mmHg no braço EXP aboliu esta resposta aguda.