Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do treinamento com pesos (TP) utilizando diferentes frequências semanais na força muscular, composição corporal e flexibilidade em mulheres idosas. Para tanto, 53 idosas realizaram um programa de TP (oito exercícios em uma série de 10-15 repetições máximas) com frequência de duas (G2X; n= 28 idosas; 67,6 ± 5,3 anos) ou três vezes (G3X; n= 25 idosas; 67,0 ± 5,6 anos) por semana, por um período de 12 semanas. A força muscular foi determinada por meio do teste de 1-RM nos exercícios supino em banco vertical (SUP), cadeira extensora (EXT) e rosca scott (ROS). As variáveis massa livre de gordura (MLG), massa gorda (MG) e conteúdo mineral ósseo foram determinadas por absortometria radiológica de dupla energia; a flexibilidade por meio do teste sentar-e-alcançar e por medidas diretas: flexão cervical (FC), extensão cervical (EC), flexão do tronco (FT) e flexão do quadril direito (FQD) e esquerdo (FQE). Uma interação significante grupo vs. tempo (P< 0,05) foi identificada no teste de 1-RM para o exercício SUP (G2X = +18% vs. G3X = +31%); na somatória das cargas movimentadas nos três exercícios analisados (G2X = 22% vs. G3X = 25%); nas cargas semanais de TP (G2X = 88% vs. G3X = 92%) e na flexibilidade de flexão de tronco (G2X = 3,0% e G3X = 12,8%). O efeito principal do tempo (P< 0,05) foi observado nos exercícios EXT (G2X = 18% vs. G3X = 17%) e ROS (G2X = 38% vs. G3X = 37%), na MG (G2X = -3% vs. G3X = -2%), na MLG (G2X = 1% vs. G3X = 2%), EC (G2X =19,1% e G3X = 20,0%), FQD (G2X = 14,6% e G3X = 15,9%) e FQE (G2X = 25,7% e G3X = 19,2%) e no teste de sentar-e-alcançar . Os resultados sugerem que o TP realizado por duas ou três sessões semanais, por 12 semanas, produz respostas adaptativas positivas em idosas não-treinadas, com os maiores ganhos de força muscular sendo encontrados em maiores frequências semanais (3X vs. 2X), enquanto a melhoria da composição corporal e da flexibilidade parecem ser relativamente semelhantes nas duas frequências.

Acessar Arquivo