Resumo

O presente estudo analisou as respostas dos indicadores de força, densidade mineral óssea (DMO), taxa metabólica de repouso (TMR), composição corporal e capacidade aeróbia (O2 máximo e limiar anaeróbio) após intervenção de 16 semanas de treinamento com pesos (TP). Participaram desta pesquisa 22 voluntárias, na pós-menopausa (12 meses sem menstruações) subdivididas em dois grupos: grupo treinado (GT n=12) e grupo controle (GC n=10). O programa de TP teve freqüência de três sessões semanais em dias alternados, compreendendo 10 exercícios para membros superiores, inferiores e tronco, sendo realizado três séries de 10 repetições máximas (RM) na etapa 1 e três séries de 8 RM na etapa 2. Os níveis de força foram mensurados pelo teste de 1-RM, a composição corporal foi obtida pelo método de espessura de dobras cutâneas, a avaliação da DMO foi realizada por Densitometria Radiológica de Dupla Energia nas regiões da coluna lombar e colo do fêmur, a TMR e o O2 máximo foram obtidos por meio de calorimetria indireta, sendo a TMR calculada por meio da equação de Weir (1949). O O2 máximo foi obtido durante teste de esforço progressivo em esteira até a exaustão. Para análise dos dados foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, para avaliar os efeitos do TP intra e intergrupos e a correlação de Spearman nas correlações utilizadas. Os resultados encontrados mostraram aumentos com diferenças estatisticamente significantes para as cargas levantadas nos testes de 1-RM para supino e leg press no GT e nenhuma modificação foi encontrada para o GC. Não foram obtidas diferenças significantes para os valores de DMO, tanto da coluna quanto do fêmur, da TMR e do O2 pico e limiar anaeróbio em ambos os grupos. O treinamento com pesos foi eficaz para aumentar a força muscular, entretanto 16 semanas de intervenção não foram suficientes para provocar alterações significantes na DMO, na TMR e na capacidade aeróbia.

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