Resumo

Procurou-se neste estudo caracterizar os efeitos do treinamento no desenvolvimento do padrão postural de atletas de handebol, diagnosticando as possíveis alterações posturais e relacionado-as com o tempo de prática. A amostra constou de 74 atletas de alto nível, do sexo masculino, participantes do Campeonato Brasileiro de Handebol de 1990, na cidade de Santa Maria - RS. Como instrumento de medida utilizou-se o protocolo da Portland State University (PSU-PAF), obtendo-se informações demográficas básicas para a postura, e uma ficha para a entrevista obtendo-se informações sócio-culturais, características do treinamento, atividades físicas genéticas e afastamento do esporte. Submeteu-se os dados a análise estatística através do pacote estatístico computadorizado SAEO versão 3.0. Primeiramente realizou-se uma análise descritiva a fim de apresentar o grupo amostral. Através da análise de Pearson encontrou-se que a variável independente tempo de prática apresentou correlação significativa com as variáveis de posicionamento. Então realizou-se a análise de trilha das variáveis de posicionamento com a variável de tempo de prática. Encontrou-se que a incidência de certos desvios foi alto (região do pescoço, ombro), através de análise de correlação de trilha e considerando os efeitos diretos do tempo de prática, encontrou-se correlações positivas significativas para a região lombar, cabeça, espinha, quadril e valgo, e correlações negativas significativas para a variável arco. Concluiu-se que: as alterações posturais em atletas de handebol, localizam-se na região do tronco, caracterizando-se como postura hipercifótica, a escoliose parece não ser uma alteração postural característica de atletas de handebol e com relação ao tempo de prática necessita-se de um estudo mais aprofundado para definir suas implicações na postura adotada pelos atletas de handebol.

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