Resumo

Este estudo objetivou levantar e analisar os perfis antropométricos e físicos de militares de Força de Paz, antes (Avl-01) e após 12 semanas de preparação (Avl-02) e após 24 semanas de missão (Avl-03), bem como verificar os efeitos do treinamento, pós-preparação, e do destreinamento, pós-missão. Para isso, 313 militares, integrantes de contingentes de Forças de Paz (26,9±5,3 anos, 176,0±6,1 cm, 75,8±10,2 Kg), foram submetidos a avaliações antropométricas e físicas em três momentos distintos (Avl-01, Avl-02 e Avl-03) para caracterizar as variáveis: percentual de gordura (%G), IMC, RCQ, VO2max, testes de flexão de braços (FLEX), abdominal-supra (ABDOM) e flexão na barra (BARRA). Para a comparação dos resultados foram realizadas ANOVAs One-way com medidas repetidas. À exceção do IMC, na Avl-03, que foi de 25,1 (pré-obesidade), todos as outras variáveis se encontraram com médias dentro da normalidade em todos os momentos. O treinamento proporcionou redução significativa (p<0,001) no %G e o destreinamento fez com que o %G, IMC e RCQ aumentassem acima dos valores da Avl-01 (p<0,01). O desempenho em todos os testes físicos foi maior na Avl-02 em comparação com a Avl-01e Avl-03 (p<0,001). BARRA e FLEX tiveram Avl-03 maior que Avl-01 (p<0,001), mas ABDOM, não (p=0,90). O VO2max teve Avl-03 ainda menor que Avl-01 (p<0,001). Assim, concluiu-se que: (1) 12 semanas de treino podem melhorar o %G e indicadores físicos, mas não IMC e RCQ; (2) 24 semanas de destreino podem influenciar negativamente os indicadores antropométricos e físicos; (3) ABDOM e VO2max tendem a sofrer maiores efeitos de destreinamento que exercícios de membros superiores. Palavras-chave: Treinamento, Destreinamento, Performance, Saúde, Força de Paz

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