Resumo

O treinamento físico aeróbio (TF) é um importante meio para melhorar a função endotelial. Entretanto, como os vasos se adaptam ao TF ainda não está completamente esclarecido. Desta forma, o presente estudo teve por objetivo investigar, em ratos normotensos, os efeitos do TF sobre a via de produção de óxido nítrico (NO) e a defesa antioxidante vascular, e suas conseqüências sobre a resposta vasodilatadora em aorta isolada. Os ratos foram submetidos a um protocolo de TF aeróbio (esteira rolante, ~55% Veloc.Máx; cinco sessões/sem., 60 min/sessão, período de 11 semanas). Após o TF, foi avaliada a função vasomotora "in vitro" pela curva de concentração-efeito à acetilcolina (ACh) e ao nitroprussiato de sódio (NPS), e realizadas medidas bioquímicas na aorta. O programa de TF aumentou significativamente (P < 0,05) em 62% a expressão da enzima óxido nítrico sintase endotelial (eNOS). Entretanto, o TF não modificou significativamente a expressão e atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase. Além disso, o TF não modificou o relaxamento individual e a sensibilidade à ACh. Por outro lado, o TF diminuiu significativamente a sensibilidade ao NPS (-8,26 ± 0,081 vs. -7,79 ± 0,099 Log [M], S vs T, respectivamente, P < 0,001). Os resultados apresentados demonstram que o TF aeróbio foi capaz de alterar um dos mecanismos envolvidos na bioatividade do NO, marcadamente o aumento da expressão da eNOS. Entretanto, esta modificação não levou à melhora da responsividade vasodilatadora aórtica estimulada pela acetilcolina e provocou menor sensibilidade ao NPS.

Palavras-chave: Treinamento físico;Função endotelial;Relaxamento aórtico;Óxido nítrico;Superóxido dismutase

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