Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos cardiovasculares e autonômicos do treinamento físico aeróbio em ratas ooforectomizadas e infartadas. Foram utilizados ratos Wistar fêmeas, (200 e 230g) divididos em 4 grupos: ooforectomizado sedentário (OS, n=12), ooforectomizado treinado (OT, n=12), ooforectomizado infartado sedentário (OIS, n=8) e ooforectomizado infartado treinado (OIT, n=8). A ooforectomia foi realizada pela secção dos ovidutos e remoção bilateral dos ovários. Dois dias após a ooforectomia os grupos OIS e OIT foram submetidos ao infarto do miocárdio (IM) através da ligadura da artéria coronária esquerda. O teste de esforço máximo foi realizado em todos os grupos para verificação da capacidade física. Os grupos OT e OIT foram submetidos a um protocolo de treinamento físico em esteira ergométrica (1 hora/dia; 5 dias/semana; 8 semanas; 50-60% da velocidade máxima no teste de esforço). A função cardíaca foi avaliada de forma indireta pelo ecocardiograma (ECO) (no início e no final) e de forma direta pela da cateterização do ventrículo esquerdo (VE) (no estado basal e em resposta a uma sobrecarga de volume). Ao final do período de treinamento foram realizadas as avaliações bioquímicas (estradiol, glicemia e triglicerídeos). Os sinais de pressão arterial (PA) foram gravados e processados por um sistema de aquisição (CODAS, 2KHz). A sensibilidade barorreflexa foi avaliada através das respostas de taquicardia (RT) e bradicardia (RB) reflexas a alterações de PA induzidas pela injeção (i.v.) de doses crescentes de nitroprussiato de sódio e fenilefrina, respectivamente. O reflexo cardiopulmonar foi determinado através da avaliação das repostas hipotensoras e bradicárdias induzidas pela injeção (i.v.) de doses crescentes de serotonina (5-HT). Os efeitos vagal (EV) e simpático (ES) foram medidos através (i.v.) do bloqueio vagal (atropina, 3mg/Kg) e simpático (propranolol, 4mg/Kg).

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