Resumo

O treinamento da flexibilidade tem sido eficaz na melhora da amplitude de movimento articular e ainda, tem promovido melhora nos padrões da marcha, agilidade e força muscular. Entretanto, tendo em vista o reduzido número de estudos controlados e aleatorizados investigando os efeitos do citado treinamento na capacidade funcional (CF) de idosos, e a grande disparidade metodológica adotada, os resultados ainda são contraditórios. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar os efeitos de um treinamento de flexibilidade na CF e seus componentes, em idosas viventes na comunidade. Para isso, foram selecionadas 31 mulheres idosas aleatoriamente distribuídas em dois grupos: a) Grupo Controle (GC, n=16), o qual realizou atividades artísticas e cognitivas; b) Grupo Treinamento (GT, n=15), o qual participou do treinamento composto por exercícios de alongamento, com três séries de 30 segundos, voltado para os principais grupos musculares. Ambos os grupos frequentaram a universidade três vezes na semana, durante oito semanas, com duração aproximada de uma hora por sessão. Para avaliação dos componentes da CF foi aplicada a bateria de testes motores da American Alliance for Health, Physical 
Education, Recreation and Dance (AAHPERD) e o teste de subir escadas (TSE). A partir da somatória dos resultados dos testes da AAHPERD foi calculado o índice de aptidão funcional geral (IAFG), o qual pode ser classificado de muito fraco a muito bom. O flexímetro foi adotado para avaliação angular da flexibilidade e a contração voluntária máxima isométrica (CVM), dos membros inferiores, foi avaliada pela extensão unilateral de joelho. O teste U Mann Whitney não apontou diferença entre os grupos para os valores do índice de aptidão funcional geral, porém o GT melhorou sua classificação pós-intervenção.

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