Efeitos do Treinamento Funcional na Autonomia Funcional, Equilíbrio e Qualidade de Vida de Idosas
Por Silvânia Matheus de Oliveira Leal (Autor), Eliane Gomes da Silva Borges (Autor), Marília de Andrade Fonseca (Autor), Edmundo de Drummond Alves Junior (Autor), Samária Cader (Autor), Estélio Henrique Martin Dantas (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 17, n 3, 2009. Da página 61 a 69
Resumo
No processo de envelhecimento são observadas alterações biológicas, que alteraram o equilíbrio, a autonomia funcional, repercutindo na qualidade de vida do idoso. A prática sistemática de exercícios físicos pode minimizar este processo. O objetivo do estudo foi verificar os efeitos do treinamento funcional sobre o equilíbrio postural, a autonomia funcional e a qualidade de vida de idosos ativos. A amostra foi constituída de 96 idosas do Grupo Alegria de Viver de Feira de Santana-BA, dividida por sorteio em dois grupos: Treinamento Funcional (GF; n=48; 67 ± 6 anos) e Grupo Controle (GC; n= 48; 65 ± 5 anos). Utlizou-se os protocolos EEB(Escala de Equilíbrio de Berg), GDLAM (autonomia funcional) e qualidade de vida (WHOQOL-OLD). Os dados foram analisados através da análise descritiva e inferencial de Shapiro-Wilk (normalidade). Na avaliação intergrupos, foi utilizado o Teste de Kruskal-Wallis ou de ANOVA one way, quando apropriado, seguido do intervalo de confiança (IC), ou do Post Hoc de Sheffe, respectivamente. Houve apenas diferença significativa intra (?% = 24,88%, p = 0,0001) e intergrupos (?% = 42,22%, p = 0,0001) a favor do GF na EEB, na autonomia funcional nas variáveis C10m, LPS, LPDV, LCLC, VCT resultando no IG (?% = -37,14%, p = 0,001) e nos domínios referentes a autonomia, participação social, morte e morrer e intimidade, onde o índice o QVG-OLD do WHOQOL-OLD obteve (?% = -1,41%, p = 0,001). Concluiu-se, portanto, que o grupo GF apresentou melhor execução em todos os tempos dos itens avaliados no protocolo GDLAM, para a autonomia funcional, e,no EEB, para avaliação do equilíbrio estático e dinâmico; o que pôde contribuir para uma melhor performance nas ABVD, na autonomia funcional e na qualidade de vida das idosas.