Efeitos do Treinamento Neuromuscular na Aptidão Cardiorrespiratória e Composição Corporal de Atletas de Voleibol do Sexo Feminino
Por Ricardo Adamoli Simões (Autor), Guilherme Souza Lobo Moreira Salles (Autor), Pamela Roberta Gomes Gonelli (Autor), Gerson dos Santos Leite (Autor), Rodrigo Dias (Autor), Claudia Regina Cavaglieri (Autor), Idico Luiz Pellegrinotti (Autor), João Paulo Borin (Autor), Rozangela Verlengia (Autor), Silvia Cristina Crepaldi Alves (Autor), Marcelo de Castro Cesar (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 15, n 4, 2009. Da página 295 a 298
Resumo
As respostas do organismo humano submetido a estímulos diversos, mensuradas através de parâmetros de performance, têm sido objeto de estudo a fim de aprimorar os métodos de treinamento. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do treinamento neuromuscular na capacidade cardiorrespiratória e composição corporal de atletas de voleibol. Foram avaliadas 11 mulheres, antes e após 12 semanas de treinamento, referente à fase preparatória do ciclo anual de treinamento. O protocolo experimental constou de avaliação da composição corporal (percentual de gordura, massa magra e a gordura corporal) e da aptidão cardiorrespiratória por meio de ergoespirometria em esteira rolante com protocolo contínuo e carga crescente, na qual se determinaram o consumo máximo de oxigênio, a frequência cardíaca máxima, o limiar anaeróbio, a frequência cardíaca do limiar anaeróbio e a velocidade do limiar anaeróbio. O treinamento teve frequência de cinco dias por semana dividido em duas sessões: uma de treinamento de força e outra de treinamento técnico e tático. Após o período estudado ocorreram aumentos (p < 0,05) no consumo máximo de oxigênio (6,5%), no limiar anaeróbio (17,5%), na velocidade do limiar (15,3%) e redução (p < 0,05) na frequência cardíaca máxima (-3,1%). Também houve redução (p < 0,05) no percentual de gordura (-8,2%), na gordura corporal (-7,4%) e aumento (p < 0,05) na massa magra (3,2%). Conclui-se que o treinamento neuromuscular realizado na fase preparatória de treinamento contribuiu para o aumento da capacidade cardiorrespiratória e massa magra e para redução do percentual de gordura e a gordura corporal das atletas de voleibol.