Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar, utilizando técnicas morfométricas e estereológicas, se o tratamento com testosterona associado ou não a exercícios físicos resistidos em ratos idosos tem efeito sobre o envelhecimento da artéria aorta. Foram utilizados 25 ratos Wistar machos com 13 meses de idade, distribuídos em 5 grupos, com 5 animais cada grupo: CI - controle inicial, sacrificado aos 13 meses; CF - controle final; Tr - treinado; Te - que recebeu injeções de testosterona, e TT- treinado com testosterona, sendo estes quatro últimos grupos sacrificados aos 16 meses de vida. Os animais dos grupos treinados escalaram diariamente - uma escada vertical com a altura de 110 centímetros e com a inclinação de 80 graus - por seis vezes consecutivas, com pesos atrelados ao corpo. A cada semana, era adicionada uma sobrecarga, baseada em protocolo da literatura. Os animais dos grupos Te e TT, receberam 1g de propionato de testosterona, três vezes por semana por via intramuscular. Trechos da aorta ascendente foram utilizados para fazer cortes histológicos semi-seriados e corados alternadamente com Hematoxilina-Eosina e Verhoeff. Nestes cortes foram analisados: a espessura das túnicas média e íntima em conjunto; densidade numérica de núcleos de miócitos; densidade numérica de lamelas elásticas; e densidade de volume dias lamelas. As médias foram calculadas através do teste ANOVA e do teste pos hoc de Tukey. Os resultados mostraram que todos os grupos sofreram significativo aumento da espessura da parede aórtica em comparação ao grupo CI, sendo que, os grupos Te, Tr e TI obtiveram este aumento parcialmente inibido em relação ao grupo CF. Todos os grupos tiveram redução do número de núcleos de miócitos, embora nenhum destes estatisticamente significantes, o grupo CF reduziu em 28% enquanto o grupo Tr reduziu somente em 10% o número de núcleos em relação ao grupo CI. Na contagem do número de lamelas elásticas, somente o grupo CF apresentou aumento significante em relação ao grupo CI. Sobre o volume das lamelas elásticas, todos os grupos apresentaram aumento em relação ao grupo CI, significante somente para o grupo Te. Mas em relação ao grupo CF, o grupo Te teve aumento de volume enquanto que o grupo Tr teve redução. Portanto, os efeitos observados na artéria aorta durante o envelhecimento, foram minimizados, seja com o treinamento resistido, ou com a administração de testosterona.

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