Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos do treinamento de Tai Chi Chuan (TCC) em relação às variáveis antropométricas e neuromotoras em mulheres idosas. Para tanto foram selecionadas seis mulheres não praticantes de atividade física na faixa etária de 52 a 75 anos (x = 66.2±8.8), com altura média de 150,0±8,6 cm e peso médio 68,4±15,8 kg, voluntárias em trabalho social de uma comunidade religiosa. O grupo foi submetido a um programa de treinamento de Tai Chi Chuan no próprio ambiente de trabalho, que consistia de aulas do estilo yang, realizadas uma vez por semana, com duração média de 40-50 minutos durante um período de três meses. As medidas antropométricas realizadas foram: peso, estatura e adiposidade, mediante a média de três dobras cutâneas: tríceps, subescapular e suprailíaca (3DC). As variáveis neuromotoras analisadas foram: força muscular dos membros inferiores, com o teste de impulsão vertical sem auxílio dos braços (IVS), força de preensão manual pela dinamometria (DIN), flexibilidade do tronco com o teste de sentar e alcançar (FLEX), velocidade de levantar da cadeira (LC), agilidade medida pelo teste shuttle run (SR), velocidade de andar (VA), velocidade máxima de andar (VMA) e equilíbrio (EQ). As medidas foram realizadas antes e ao final de três meses do programa. Para análise estatística foi utilizado o Teste “t” de Student para amostras dependentes com nível de significância de p<0,05 e o delta percentual (D%). Foram verificados aumentos significativos na adiposidade (10,5%), força de membros inferiores (44,4%), flexibilidade (6,3%) e equilíbrio (21,6%). Os resultados permitem concluir que a prática do Tai Chi Chuan tem efeito positivo sobre as variáveis de aptidão física ligadas à saúde, sendo uma boa sugestão de atividade física para a manutenção da capacidade funcional e melhora da saúde e qualidade de vida de indivíduos. PALAVRAS-CHAVE: Tai Chi Chuan, Aptidão Física, Saúde, Sedentarismo, Exercício.