Resumo

Em virtude do evidente aumento da população idosa mundial, tornou-se preocupação das várias áreas do conhecimento identificar as condições que permitem envelhecer com qualidade. Um dos elementos que determinam a expectativa de vida ativa ou saudável é a independência para realização de atividades da vida diária. Dados de pesquisa mostram que 25% da população idosa mundial é dependente de outros para realizar suas tarefas cotidianas, e a grande maioria, apesar de ser independente, apresenta algum tipo de dificuldade na realização dessas atividades. O objetivo dessa pesquisa foi verificar os efeitos de um programa de educação física sobre os componentes quantitativos e qualitativos de atividades da vida diária de idosos. Participaram do estudo 30 sujeitos, com idade média de 66,97 anos, integrantes do Programa Autonomia para Atividade Física da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. A fim de verificar mudanças quantitativas de desempenho nas atividades da vida diária, os sujeitos foram submetidos, antes e após 12 meses de programa, a sete testes: caminhar 800 metros, subir escadas, subir degraus, levantar–se do solo, sentar e levantar–se da cadeira e locomover-se pela casa, habilidades manuais e calçar meias. Para verificação de mudanças qualitativas, relataram a percepção das principais mudanças ocorridas, em 12 meses, nas atividades da vida diária citadas acima. Pode-se concluir que o PAAF foi capaz de promover mais mudanças qualitativas do que quantitativas. Enquanto duas das sete atividades da vida diária investigadas sofreram aumento na velocidade de execução (sentar e levantar-se da cadeira e locomover-se pela casa e calçar meia), para a grande maioria dos sujeitos, todas sofreram influências qualitativas do programa , entre as mais citadas: melhora da técnica do movimento, aumento da velocidade de execução da tarefa e adoção de medida de segurança para executar as atividades.

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