Resumo

A história da dança acompanha a da humanidade, sendo considerada como uma das mais antigas das artes. A abrangência de sua atuação está voltada para as várias dimensões do ser humano como a física, emocional, social e espiritual. Em função de sua riqueza de atuação ela pode estar incorporada como conteúdo nas aulas de educação física escolar. Uma das maneiras de verificar o impacto emocional de uma atividade motora, no caso a dança, é através do estudo dos estados de ânimo. Este trabalho delimitou-se ao campo de interferência psicológica da dança buscando verificar os efeitos de sua prática nos estados de ânimo de alunos do ensino fundamental.  Participaram do estudo 34 alunos do ensino fundamental da Escola Municipal de uma cidade do interior de São Paulo.  Foi utilizada a Lista de Estados de Ânimo Reduzida e Ilustrada (LEA-RI, Volp, 2000), aplicada antes e após três situações: a situação 1 no inicio do processo de aprendizagem da coreografia, a situação 2 no último ensaio e a situação 3 no dia da apresentação. Para analisar as alterações dos estados de ânimo foi utilizada a prova binomial com os dados das três situações observadas, pré e pós cada situação experimental adotando grau de significância (p? 0,05). Após a análise dos dados, encontramos diferença significativa apenas no adjetivo “feliz” da situação 1 (p= 0.009, p= 0.002) e  2 (p=0.000, p=0.031). Na situação 3 nenhum adjetivo apresentou diferença significativa. Podemos concluir que: sentir-se mais feliz foi o que predominou nas duas primeiras situações onde o processo ensino-aprendizagem se evidenciou trazendo para os participantes uma situação de aula, controlada, porém diferente de seu dia-a-dia. Já no terceiro momento, apesar da situação ser também inovadora, o fato de ser uma apresentação pode ter contribuído para que a alegria não apresentasse um resultado significativo. O presente estudo conclui que houve alterações nos estados de ânimo dos alunos.

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