Resumo

Estudos recentes sobre aprendizagem motora têm indicado a efetividade da prática que incorpora alguma forma de autocontrole na aprendizagem e na performance de uma tarefa motora (JANELLE, 1997; CHIVIACOWSKY & WULF, 2002). No presente estudo objetiva-se investigar se os benefícios gerados pela prática autocontrolada em sujeitos típicos também serão encontrados em sujeitos com comprometimento motor após acidente vascular encefálico (AVE). Os sujeitos, 26 adultos de ambos os sexos, com lesão pós AVE há pelo menos 6 meses, serão distribuídos em dois grupos. Um grupo com frequência de feedback autocontrolado (self) e um grupo que receberá feedback de forma externamente controlada (yoked), equiparados um a um aos sujeitos do grupo autocontrolado. A tarefa, com demanda de equilíbrio, consistirá em andar de pedalo por certa distância no menor espaço de tempo possível. Todas as tentativas iniciarão com o pé contralateral à hemiparesia. Um cronômetro será utilizado para medir o tempo de movimento (TM), ou seja, o tempo necessário para andar com o pedalo da linha de partida até a linha de chegada. A pesquisa constará de uma fase de aquisição, onde os participantes realizarão 20 tentativas de prática, e uma fase de retenção, 24 horas após a fase de aquisição, em que realizarão quatro tentativas de prática. Aos sujeitos do grupo self, será informado que poderão utilizar o suporte para apoio dos membros superiores nas tentativas em que acharem necessário. Aos sujeitos do grupo yoked, será informado que em algumas tentativas deverão utilizar o suporte e em outras não. A fase de retenção será realizada sem auxílio do suporte em ambos os grupos. Antes da realização do teste, os sujeitos serão informados que deverão realizar a tarefa na maior velocidade possível. 

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