Resumo
O objetivo geral deste estudo foi comparar variáveis espaço-temporais e fisiológicas durante o nado crawl com o uso de palmares e nadadeiras. Participaram 11 voluntários do sexo masculino (25,8 ± 5,5 anos de idade, 75,2 ± 5,5 kg de massa corporal e 177 ± 6,5 cm de estatura), nadadores de nível nacional e regional que realizaram dois protocolos distintos de avaliação: nado de 50 m em máxima intensidade e 12 repetições de 50 m em intensidade submáxima (nado intervalado). Ambos os protocolos foram realizados três vezes: nado sem equipamentos (SE), com palmares (CP) e com nadadeiras (CN). Foram coletados dados de desempenho, comprimento médio de braçadas (CB), frequência média de braçadas (FB), velocidade média de nado (VN), duração das fases da braçada (A, B, C, D), índice de coordenação de nado (IdC), frequência média de pernadas (FP), profundidade média de pernada (PP), concentração de lactato [LA] e percepção subjetiva de esforço (PSE). Utilizaram-se filmadoras para obtenção de imagens (60 Hz) subaquáticas dos nados no plano sagital, posteriormente analisadas, e um pacer subaquático luminoso foi utilizado para controle da VN nas séries de nado intervalado nas condições CP e CN e lactímetro portátil foi utilizado para obter as medidas de [LA]. De modo geral, em máxima intensidade palmares alteram [LA] e nadadeiras afetam FB, VN, e [LA]. Em série de nado intervalado, palmares alteram PSE e nadadeiras afetam CB, duração das fases A e C, FP, [LA] e PSE. As áreas de palmares e nadadeiras, relativas às mãos e pés, parecem ser decisivas para os resultados encontrados.