Resumo

A caminhada humana é um movimento importante utilizado pelo homem, porém extremamente complexo em relação aos mecanismos energéticos e mecânicos que geram este movimento. O custo energético é maior na caminhada de amputados quando comparada a caminhada de indivíduos sem restrições físicas. Variáveis mecânicas e energéticas de amputados não foram extensivamente estudadas. Nosso objetivo foi avaliar a influência de diferentes velocidades, no recovery, no custo de transporte (C), na eficiência mecânica (Eff), na transdução pendular (Rint), trabalho mecânico, na estabilidade dinâmica, bem como verificar a associação entre a estabilidade dinâmica com recovery, custo de transporte e eficiência mecânica. Participaram do estudo 10 indivíduos amputados transfemurais (com joelho hidráulico e pé em fibra de carbono). Foi realizada cinemetria 3D (quatro câmeras de vídeo) e simultaneamente a análise do consumo de oxigênio. Foram determinadas cinco velocidades de caminhada, após definir a velocidade auto selecionada. Além da velocidade auto selecionada foram definidas duas velocidades acima e abaixo das VAS. Para os dados de Recovery, custo de transporte, eficiência mecânica, transdução pendular, trabalho total, trabalho externo, travalho vertical, trabalho horizontal, trabalho interno e estabilidade dinâmica foram utilizadas rotinas desenvolvidas em Matlab®. A velocidade influencia nos parâmetros mecânicos e energéticos da caminhada de amputados transfemurais. Os maiores valores para: economia de caminhada, Recovery, transdução pendular, eficiência mecânica, trabalho mecânico interno e vertical, e estabilidade dinâmica foram obtidos na máxima velocidade de caminhada dos sujeitos. As correlações entre o coeficiente de variação do comprimento da passada e Recovery, custo de transporte e potência metabólica foram moderadas. Esses resultados são de grande relevância para a área clínica e ponderados durante o processo de reabilitação desses indivíduos.

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