Resumo

O sono é um processo fisiológico fundamental para a vida humana e é considerado um estado biológico e cíclico, sendo afetado por condições externas e de saúde. Pessoas com sintomas depressivos tendem a apresentar maior probabilidade de insônia e outros distúrbios do sono, sendo que a duração curta e longa do sono está associada ao aumento do risco de depressão. Objetivo: Avaliar a efetividade de uma intervenção de atividade física na duração e qualidade do sono em adultos com sintomas depressivos. Métodos: Este foi um ensaio clínico randomizado controlado conduzido com adultos de 20 a 59 anos de ambos os sexos, com sintomas depressivos (n=78), divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo controle (GC; n=39) e grupo intervenção (GI; n=39). A intervenção foi realizada duas vezes na semana, por 16 semanas e consistiu em encontros presenciais e on-line, fundamentados na Teoria da Autodeterminação de Deci e Ryan (1981) que, por meio da autonomia, competência e vínculo, busca uma maior aderência à mudança de comportamento. As atividades foram desenvolvidas com o objetivo de aumentar a conscientização dos participantes sobre suas condições de vida e saúde, destacando a prática de atividade física e sua relação com os sintomas depressivos. Cada encontro abordava conteúdos variados e incluía palestras, distribuição de materiais educativos, discussões em grupo, dinâmicas com familiares e amigos, além de aulas práticas de diferentes modalidades, como yoga, capoeira, passeio de bicicleta, beach tennis e musculação, vivenciando atividades físicas em diferentes contextos. Os sintomas depressivos foram mensurados pelo Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), o sono considerou dados de acelerometria e do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) que avalia a qualidade do sono no mês anterior e é composto por nove questões, incluindo sete componentes, gerando scores em uma pontuação que vai de 0 a 21 pontos. Para verificar o efeito da intervenção, foram conduzidas análises por intenção de tratar pelo uso de equações de estimativas generalizadas. Resultados: Após 16 semanas, houve melhora na qualidade e duração do sono em ambos os grupos, sendo mais relevantes no GI.

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