Efetividade de uma intervenção de atividades físicas não-convencionais no estilo de vida de adultos com sintomas depressivos: um ensaio clínico randomizado
Por Deborah Kazimoto Alves (Autor), Edú Fiorin Schopf (Autor), Samara Mendes De Sousa (Autor), Luciene Rafaela Franco Dos Santos (Autor), Cecília Bertuol (Autor), Giovani Firpo Del Duca (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Adultos com sintomas depressivos tendem a ter um estilo de vida pouco saudável, incluindo condutas de risco, como o comportamento sedentário, a má alimentação e o isolamento social. Essas condutas, por sua vez, podem exacerbar os sintomas depressivos, criando um ciclo vicioso e de difícil enfrentamento. Nesse sentido, a atividade física se apresenta como uma importante estratégia para promover mudanças positivas no estilo de vida desta população. Objetivo: Avaliar a efetividade de uma intervenção de atividades físicas não-convencionais no estilo de vida de adultos com sintomas depressivos. Métodos: Este foi um ensaio clínico randomizado, conduzido com adultos com sintomas depressivos, divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo controle (GC; n=39) e grupo intervenção (GI; n=39). A intervenção foi realizada duas vezes na semana, por 16 semanas e consistiu em encontros teórico-práticos presenciais e online, fundamentados na Teoria da Autodeterminação. As atividades físicas não-convencionais incluíram yoga, capoeira, ginástica laboral, ginástica coletiva e beach tennis, entre outras. O estilo de vida global e em domínios foi avaliado pelo questionário Estilo de Vida Fantástico (Rodriguez Añez et al, 2008). Maiores pontuações indicam melhores resultados. Na análise, empregou-se as Equações de Estimativas Generalizadas, adotando-se como significativos valores p de 0,05, para resultados de grupo e de tempo, e de 0,10 para interações grupo e tempo. Resultados: Após 16 semanas, observou-se melhoras marginais no estilo de vida global (p=0,106) e nos componentes sono (p=0,009) e atitudes (p=0,069) em prol do GI, quando comparado ao GC. As diferenças médias nos demais componentes do estilo de vida, embora estatisticamente não significativas, foram clinicamente superiores em prol do GI nos relacionamentos, nutrição, tabagismo, introspecção e trabalho. Conclusão: Uma intervenção baseada na promoção de atividades físicas não-convencionais é capaz de beneficiar o estilo de vida de adultos com sintomas depressivos.