Resumo

 

O envelhecimento populacional traz desafios como o medo de cair em idosas, que compromete a independência e a qualidade de vida. Há poucos estudos sobre a eficácia do trei-namento combinado para reduzir esse medo e melhorar a qualidade de vida de idosas destrei-nadas. Pesquisar essa abordagem pode preencher lacunas na literatura e ajudar na implemen-tação de programas de saúde pública eficazes. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento combinado no medo de cair e na qualidade de vida de idosas destreinadas. Métodos: 60 idosas participaram de um estudo piloto, divididas em: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg.m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,0 anos; 27,7 ± 5,2 kg.m-²). O GC manteve suas atividades habituais, enquanto o TC praticou por 12 semanas, três sessões semanais de 50 minutos, exercícios resistidos em máquinas, caminhada e corrida leve, como também alonga-mentos. Para os instrumentos de medição foi utilizado o questionário de Qualidade de Vida SF-12 e para o Medo de Cair, a Falls Efficacy Scale-International (FES-I). Resultados: Ao final da intervenção, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis com relação aos valores iniciais. Quando comparado ao GC, o TC promoveu melhoras estatis-ticamente significativas na qualidade de vida – SF12 (Score físico – Pós TC: 51,15 ± 5,67 vs Pós GC: 47,49 ± 5,45 pontos; ∆%: 7,71; TE: 0,66; p = 0,05); (Score mental – Pós TC: 55,62 ± 7,35 vs Pós GC: 50,66 ± 9,78 pontos; ∆%: 9,79; TE: 0,57; p = 0,05). Entretanto não houve diferenças estatísticas significantes em relação ao GC no medo de cair (FES-1 – Pós TC: 21,52 ± 4,39 vs Pós GC: 23,28 ± 3,83 pontos; ∆%: 7,56; TE: -0,43; p = 0,114). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra- se eficaz na melhora dos domínios físicos e mentais da qualidade de vida em idosas destreinadas.

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