Eficácia do treinamento combinado na redução do medo de cair e na qualidade de vida de idosas destreinadas
Por Arielly da Silva Sá (Autor), Newton Benites Carvalho Lima (Autor), Salviano Silva Resende (Autor), Laiza Ellen Santana Santos (Autor), Marcos Raphael Pereira Monteiro (Autor), José Carlos Aragão-Santos (Autor), Antônio Gomes de Resende Neto (Autor).
Resumo
O envelhecimento populacional traz desafios como o medo de cair em idosas, que compromete a independência e a qualidade de vida. Há poucos estudos sobre a eficácia do trei-namento combinado para reduzir esse medo e melhorar a qualidade de vida de idosas destrei-nadas. Pesquisar essa abordagem pode preencher lacunas na literatura e ajudar na implemen-tação de programas de saúde pública eficazes. Objetivo: Verificar os efeitos do treinamento combinado no medo de cair e na qualidade de vida de idosas destreinadas. Métodos: 60 idosas participaram de um estudo piloto, divididas em: Grupo Combinado (TC: n = 42; 68,1 ± 5,9 anos; 27,3 ± 3,8 kg.m-²) e Grupo Controle (GC: n = 18; 67,2 ± 7,0 anos; 27,7 ± 5,2 kg.m-²). O GC manteve suas atividades habituais, enquanto o TC praticou por 12 semanas, três sessões semanais de 50 minutos, exercícios resistidos em máquinas, caminhada e corrida leve, como também alonga-mentos. Para os instrumentos de medição foi utilizado o questionário de Qualidade de Vida SF-12 e para o Medo de Cair, a Falls Efficacy Scale-International (FES-I). Resultados: Ao final da intervenção, o TC apresentou melhoras estatisticamente significativas em todas as variáveis com relação aos valores iniciais. Quando comparado ao GC, o TC promoveu melhoras estatis-ticamente significativas na qualidade de vida – SF12 (Score físico – Pós TC: 51,15 ± 5,67 vs Pós GC: 47,49 ± 5,45 pontos; ∆%: 7,71; TE: 0,66; p = 0,05); (Score mental – Pós TC: 55,62 ± 7,35 vs Pós GC: 50,66 ± 9,78 pontos; ∆%: 9,79; TE: 0,57; p = 0,05). Entretanto não houve diferenças estatísticas significantes em relação ao GC no medo de cair (FES-1 – Pós TC: 21,52 ± 4,39 vs Pós GC: 23,28 ± 3,83 pontos; ∆%: 7,56; TE: -0,43; p = 0,114). Conclusão: O presente protocolo de TC demostra- se eficaz na melhora dos domínios físicos e mentais da qualidade de vida em idosas destreinadas.