Eficácia do treinamento resistido na força muscular e funcionalidade em indivíduos adultos após o acidente vascular cerebral: uma revisão sistemática de revisões
Por Alan Carlos Nery dos Santos (Autor), Cristiano Oliveira Souza (Autor), Bruno Santiago Silva (Autor), Marivaldo Nascimento da Silva Júnior (Autor), Lais Santos Oliveira (Autor), Hiago Silva Queiroz (Autor), Larissa Gessilda da Silva Barbosa (Autor), Ramon Martins Barbosa (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 20, n 4, 2021.
Resumo
Sumarizar revisões sistemáticas que analisaram a eficácia do treinamento resistido na força muscular e funcionalidade em indivíduos adultos após o acidente vascular cerebral. Métodos: Revisão sistemática, PROSPERO (CRD42020208823), realizada nas bases: Pubmed, EBSCO, Lilacs, Medline, Portal BVS, Scielo, Cochrane, SPORTDiscus e PEDro. Descritores: “Resistance Training”, “Stroke” e “Systematic Review”. Incluídos: Revisões sistemáticas; compostas por ensaios clínicos randomizados e/ou estudos de intervenção controlados; que testaram intervenções de treinamento resistido; comparado a outras intervenções neuromusculares, tratamento convencional ou técnicas de simulação ou placebo; em adultos que tiveram acidente vascular cerebral, não importando o estágio da doença; para os desfechos: força muscular e funcionalidade. Tais estudos deveriam estar disponíveis na integra. Não foram realizadas restrições quanto ao idioma/tempo de publicação dos estudos. O risco de viés foi avaliado pela escala AMSTAR-2. Resultados: Identificados 139 artigos, contudo, após análise 10 foram incluídos. Esses eram revisões com meta-análise, publicados entre 2009 e 2020. As intervenções de treinamento resistido foram estatisticamente significativas para aumentar a força muscular de membros superiores e inferiores, ganhos em 1RM e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos. O treinamento resistido não foi estatisticamente significativo para aumento da atividade, velocidade da marcha máxima e velocidade da marcha preferida. Os estudos eram de alto/moderado risco de viés. Conclusão: Embora o treinamento resistido seja estatisticamente significativo para o aumento da força muscular e desempenho no teste de caminhada de 6 minutos, esses resultados parecem não ser clinicamente relevantes. Não houve melhora na velocidade de marcha preferida e velocidade de marcha máxima.