Resumo
A hospitalização de um paciente impõe uma carga significativa aos seus acompanhantes, afetando não apenas sua rotina diária, mas também sua saúde física e mental. A prática regular de atividades físicas é essencial para a manutenção da saúde, porém, devido às responsabilidades e limitações do ambiente hospitalar, os cuidadores informais frequentemente negligenciam esse aspecto. Este estudo visa abordar essa lacuna, criando uma cartilha de atividades físicas para os acompanhantes e identificando o perfil biopsicossocial dessa população em um hospital público do estado do Rio de Janeiro. Objetivo: Elaborar uma cartilha de atividades físicas para os acompanhantes de clientes hospitalizados, além de identificar o perfil biopsicossocial, reconhecendo sua importância no processo de recuperação do paciente e os impactos na saúde. Materiais e métodos: A pesquisa foi conduzida em duas fases principais. A primeira fase envolveu o desenvolvimento de uma cartilha de atividades físicas, elaborada com o auxílio de fisioterapeutas e educadores físicos, com orientações adaptadas ao ambiente hospitalar. A segunda fase consistiu na aplicação de questionários biopsicossociais e do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em 25 cuidadores informais, além da coleta de medidas antropométricas e análises estatísticas. De maneira descritiva, transversal com uma série de casos. Resultados: Dos 25 participantes, a maioria eram mulheres, com idade média de 45 anos, sendo 80% considerados sedentários ou irregularmente ativos. A cartilha de atividades físicas incluiu cinco exercícios simples, dicas de hidratação, alimentação saudável e prevenção de lesões. Verificou-se que aqueles com maior renda familiar e grau de instrução mais elevado apresentavam maior regularidade na prática de atividades físicas. Conclusão: A cartilha desenvolvida se mostrou uma ferramenta promissora para a promoção da saúde dos acompanhantes de pacientes hospitalizados. A implementação de programas que incorporem atividades físicas e suporte psicológico para esses cuidadores é essencial para melhorar sua qualidade de vida e, indiretamente, a recuperação dos pacientes sob seus cuidados. Mais estudos são necessários para validar esses achados em populações maiores.